No dia 08 de abril, 5ª feira, às 21h, estreia o solo Caótica – uma ótica bem-humorada sobre o meu caos, no YouTube. Serão apenas quatro apresentações nos dias 08, 09, 10 e 11 de abril. A ‘peça- metragem’ ou ‘filme ao vivo’ é interpretado pela atriz Priscila Assum – ela também assina o texto, que marca sua estreia como autora. A comédia conta com a direção experiente de Fabio Strazzer, diretor de Dramaturgia da TV Globo, e com a provocação artística da diretora teatral Duda Maia – um dos principais nomes do teatro brasileiro, ela acumula diversos prêmios como Shell, APTR, Bibi Ferreira, entre outros.
O novo trabalho, escrito durante a pandemia, levanta uma reflexão bem-humorada sobre a ansiedade segundo a ótica feminina. A protagonista é uma mulher que se divide em múltiplos papéis e enfrenta uma crise de ansiedade aguda causada pela tentativa de corresponder ao padrão da mulher ideal imposto pela sociedade contemporânea.
A protagonista faz um paralelo entre o seu caos pessoal e a crise que forçou o mundo a parar. Ela enxerga nesta “pausa forçada” uma oportunidade de olhar para si e se reconhecer em meio às inúmeras máscaras que havia criado para viver. Priscila interpreta diferentes personagens e alterna entre narração e dramatização, em um ágil e divertido jogo cênico que explora as possibilidades do teatro e os recursos audiovisuais, revelando a linguagem híbrida da obra.
No início deste mês de abril teremos a estreia de seu solo “Católica – uma ótica bem-humorada sobre o meu caos” que será apresentado pelo YouTube. Como estão os preparativos para as apresentações e como estão suas vibrações para a estreia?
Estamos aqui na correria para deixar tudo bem bonitinho para vocês assistirem. A gente preparou tudo e adaptou especialmente para essa apresentação no YouTube. Fizemos a nossa “peça-metragem” com 45 minutos, pensada para a câmera. Chegando a estreia, vai dando aquele friozinho na barriga, bate aquela ansiedade. Aguardamos vocês para assistirem no dia 08, às 21 horas, no canal Caótica, no YouTube.
Uma curiosidade que soubemos a respeito do projeto, é de que ele marcará sua estreia como roteirista. O que a inspirou a desenvolver a história e quais foram os desafios de criar um roteiro pela primeira vez?
Em 2016, eu participei de um processo de criação coletiva de uma peça em que eu tive a oportunidade de escrever as cenas em que eu iria atuar e enxerguei em mim uma nova possibilidade, a vontade de dar voz aos meus pensamentos. A partir dali, eu comecei a pensar na possibilidade de escrever mais. Em paralelo a isso, em 2016, também tive minha primeira crise de ansiedade, então no início, como se tratava de uma primeira crise, eu não sabia exatamente o que estava se passando comigo e foi exatamente isso que me inspirou a escrever esse solo. É uma mulher que está ali dando conta das demandas ou tentando dar conta e é acometida pela sua primeira crise de ansiedade, ela nem sabe exatamente o que está acontecendo.
Em relação aos desafios de criar um roteiro pela primeira vez, posso dizer que eu fico um pouco ansiosa, como tudo que a gente faz e ainda não tem a experiência. Quero destacar que neste texto eu dividi um ponto de vista usando a linguagem da dramaturgia, mas não se trata de uma autoficção, não é um relato sobre a minha vida. Apesar disso, o roteiro tem muito da minha vivência, por ser o meu primeiro texto e por se tratar de um tema que eu tenho certa familiaridade, que é a ansiedade. Mas o desafio maior foi produzir, realizar o projeto, é uma demanda gigantesca. Estar em cena, com um texto meu e ter que dar conta de que tudo esteja fluindo para que o trabalho de todos possa ser realizado.
Além da magia que o público vivenciará em vídeo, os bastidores também não estão para qualquer um, contando com o diretor de dramaturgia da Rede Globo, Fábio Strazzer e a diretora Duda Maia. Como está sendo o clima de vocês atrás da câmera?
Apesar de ser um solo, a gente não faz nada sozinha. Então eu estou muito bem amparada por uma equipe linda e superexperiente: Fabio, meu marido, que é diretor de dramaturgia; a Duda Maia, com quem eu já tive a oportunidade de trabalhar e está fazendo a provocação artística do trabalho e Leandro Muniz que é o supervisor de texto. São todos muito talentosos, é um clima muito gostoso e que me traz a leveza que eu preciso para estar segura em frente às câmeras.
Escrita durante o andamento da pandemia da COVID-19, o enredo conta uma nova perspectiva bem-humorada sobre a ansiedade a partir de olhares femininos. Poderia nos contar um pouco mais sobre este contexto? A ansiedade da mulher em comparação à masculina está ganhando novas diferenças durante esse último ano?
Eu queria muito tratar o tema de maneira leve. Por isso falo de uma primeira crise, dessa mulher que ainda está tentando entender o que se passa com ela. E, obviamente, o que me deu liberdade para fazer isso foi o fato de eu também ter ansiedade. Então eu me dou a liberdade de olhar a minha vida com bom-humor para tentar rir um pouquinho de mim mesma. Eu queria muito nesse momento levar leveza para as pessoas. A gente está passando por um momento muito delicado, muito triste, jamais visto antes. Então eu queria que nesses 45 minutos as pessoas tivessem a possibilidade de rir um pouco de si mesmas. E, sim, eu acho que a ansiedade da mulher em comparação à masculina está ganhando, o Brasil é o país com mais pessoas ansiosas e as mulheres são as mais acometidas por esse problema. Justamente porque nós ganhamos o mercado de trabalho mas não deixamos as nossas funções de casa. Então esse acúmulo de funções da mulher moderna faz com que, muitas vezes, elas esbarrem com a ansiedade.
Diante de um avanço nos casos de ansiedade que o isolamento social tem causado, você acredita que a retratação desse mal na área artística possa ajudar as pessoas a compreenderem melhor sobre o assunto em si?
Eu não me coloco com essa função, responsabilidade de tratar de maneira médica o tema ansiedade. Eu me dei a liberdade de falar sobre uma mulher que está passando pela primeira crise dela. Então ela não sabe exatamente o que está se passando, ela vai descobrindo ao longo do processo. Ela vai trilhando uma jornada em busca de ajuda, onde ela vivencia situações absurdas porque o que ela mais torce para dar certo é o relacionamento entre ela e a própria mente. Mas nessa jornada ela também vai ter a possibilidade de ter um reencontro consigo mesma e recuperar antigos prazeres que tinham ficado perdidos no tempo.
A peça será apresentada no YouTube. Quando a pandemia acabar, você pretende colocar esse projeto também de forma presencial?
A peça foi escrita para ser apresentada em teatro de forma presencial, mas por conta da pandemia a gente fez essa adaptação para o YouTube. Então eu tenho muito vontade de que ela seja exibida no teatro.
Para o público conhecê-la melhor, conte-nos um pouco sobre quem é Priscila Assum.
Eu sou uma atriz que trabalha desde os onze anos de idade. Tenho experiência em teatro, TV e cinema. Já tive oportunidade de trabalhar com muita gente bacana e espero que assim continue. E agora estou investindo em dramaturgia, que é uma atividade que surgiu para mim durante a pandemia e que eu tenho vontade de continuar a desenvolver.
Para finalizar nossa entrevista, gostaríamos de agradecer seu carinho e pedir que deixe uma mensagem de positividade aos leitores em meio a tantos problemas que estamos enfrentando.
Eu gostaria que a gente tentasse, nesse momento, ter um pouquinho mais de generosidade conosco. Estamos todos passando por um momento muito difícil, todo mundo está com uma luta muito interna para tentar ficar bem nesse momento. Então, que a gente tenha um pouquinho mais de generosidade com a gente e se permita não estar bem todos os dias, e que a gente olhe para dentro de si e não se cobre tanto a acertar.
Sinopse:
Caótica é um solo que usa a linguagem da comédia para abordar a questão da ansiedade (agravada pela pandemia) sob a ótica feminina. A narrativa apresenta o universo de uma mulher, profissional exemplar, casada e mãe que sofre com os sintomas de ansiedade: insônia, dificuldades de concentração, taquicardia, transpiração excessiva e falta de ar. Para resolver o problema, ela busca ajuda de médicos, terapeutas e gurus. Seu maior desejo no momento é que sua vida volte ao normal. Nesta jornada, ela se envolve em situações absurdas, não perdendo a oportunidade de rir de si mesma. A protagonista traça um paralelo entre seu caos pessoal e a crise mundial que forçou o mundo a parar. Ela enxerga nesta “pausa forçada” uma oportunidade de olhar para si e se reconhecer em meio às inúmeras máscaras que havia criado para corresponder à imagem da mulher ideal, segundo os padrões impostos pela sociedade contemporânea.
Ficha Técnica:
Texto e Atuação: Priscila Assum
Direção: Fabio Strazzer
Provocação Artística: Duda Maia
Supervisão de Texto: Leandro Muniz
Assistente de Direção: Kika Werner
Direção Musical: Rodolpho Rebuzzi
Música original: Rodolpho Rebuzzi e Marcos Amorim
Direção de Arte: Mayra Renna
Figurino: Bruno Perlatto
Direção de fotografia e montagem: Marcelo Gibson
Live Streaming: Ghetto Filmes
Projeto Gráfico: Edu Juffer
Assessoria de Imprensa: Cristiana Lobo / Círculo Comunicação
Coordenação de Produção: Renata Campos
Gerência Financeira: Estufa de Ideias
Realização: Pri Assum
Serviço:
Estreia: 08 de Abril (5ª feira)
Temporada: 08,09,10 e 11 de Abril
Horário: 21H
Canal: http://bit.ly/3rErQDE
Instagram: @priassum
Gênero: Comédia
Duração: 45minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
Gênero: Comédia
Gratuito
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