Recentemente, a cantora Mappia lançou seu EP de estreia, Água pra gringa. O sucesso conta com um espírito tropical, intenso e principalmente latino, transcendendo o pop, com nuances de reggaeton, rap e funk, evidenciando a música do Brasil e da América Latina. Para transmitir toda essa energia, Mappia trabalhou com o DJ e produtor kLap no estúdio BC Music, em Brasília (DF). Na oportunidade, a cantora se inspirou em nomes como Rosalía, Karol G, Bad Bunny, Anitta, Daddy Yankee, Maluma, entre outros.
Essa é a primeira vez que a artista compila o seu trabalho em um mini-álbum. Também vale frisar que o EP Água pra gringa ainda conta com a participação especial do cantor e compositor Bwayne na faixa Perde a linha. Natural de Taguatinga (DF), Mappia conta que sua sonoridade ideal foi fortalecida após viajar para o Rio de Janeiro com o produtor musical KLap e com Juliah, co-compositora e responsável pela produção vocal das quatro canções do setlist. O EP Água pra gringa é lançado através do selo Dreamscape via Shake Music.
Para o site, a cantora cedeu um pouco do seu tempo para conversar sobre sua carreira e a estreia desse EP, confira a entrevista:
Recentemente, você lançou um EP de estreia, o Água pra Gringa, que traz um toque tropical, intenso e latino. Como tem sido a recepção do público diante desse seu trabalho?
Tem sido ótima, alcancei um público novo que se encantou por esse EP e acredito que impressionei as pessoas que já me acompanhavam. Eu sinto que o público que não me conhecia, passou a entender o que eu faço e posso fazer. E as pessoas que já conheciam meu trabalho sentiram uma nova fase, uma evolução muito sentida por mim também. Recebi muitas mensagens sobre o trabalho e até sobre as faixas preferidas de cada um. Tem sido uma ótima recepção das pessoas em si e nas plataformas digitais.
Suas canções remetem a uma mistura da musicalidade brasileira e da América Latina como um todo. Como se deu a ideia dessa mistura? O resultado saiu como o esperado?
A ideia da mistura veio com a vontade de mostrar para o Brasil um pouco dos ritmos latinos que a gente não consome tanto, e mostrar para América Latina o que é ser brasileira. O Brasil sempre recebe muitas influências da música de fora, mas a gente sempre se adapta de alguma forma para os nossos moldes e nossos gêneros, porque ser brasileiro é uma força que guia nosso jeito enquanto pessoa e eu tenho muito orgulho do meu país. Então mostrar o que a gente escuta aqui é natural pra mim. Já os ritmos que eu aprendi e me apaixonei como o reggaeton, dancehall me moveram a criar e querer mostrar para os brasileiros que a gente também faz parte disso, que a gente também é latino, apesar de ser brasileiro em primeiro lugar. É uma mensagem como: somos latinos também, mas olha o que a gente tem aqui que vocês não têm.

Por ser o seu primeiro trabalho compilado em um mini-álbum, imagino que possa existir um tipo de nervosismo. Como você tem se sentido com esse lançamento e com os comentários que tem recebido do público?
Sempre existem dúvidas e inseguranças nos lançamentos, você coloca pra fora uma oportunidade de ser elogiada ou julgada, é uma oportunidade de estourar ou não. Eu encaro meus lançamentos como um degrau a ser subido, mais uma porta aberta, porque cada vez que uma música é colocada no mundo eu conheço mais pessoas, faço mais pontes e contatos, crio mais oportunidades e estou muito feliz com esse lançamento nesse sentido, porque conheci muita gente, tive minhas primeiras oportunidades de me apresentar para o público e cantar uma coisa minha. Além disso, é ótimo receber o feedback das pessoas, principalmente daquelas que você admira, carinho e críticas construtivas são sempre bem vindas.
A arte tem diversos significados para os diferentes tipos de artistas. Como uma profissional do meio, qual é o significado e a importância da arte brasileira? E como a sua participação neste meio artístico agrega?
A arte brasileira é a mais linda do mundo na minha visão, a gente faz coisas que ninguém no mundo consegue fazer ou entender, a gente renova, a gente resiste, a arte brasileira é gigante, é plural e calorosa como seu povo. Tenho muito respeito pela arte do nosso país e fico honrada de poder ser um nome, mesmo que pequeno agora, no meio disso tudo. Acredito que minha participação nesse meio agrega muita energia e o brilho de uma mulher que é apaixonada por suas raízes, eu quero trazer para o nosso cenário mais dos ritmos do resto do continente, tomei pra mim a missão de tentar trazer mais reggaeton para o Brasil, atrelado aos nosso ritmos aqui. Me vejo como uma juventude que propõe energia com a música e com minha presença, acredito muito na mudança que minha presença pode fazer.
O que devemos saber sobre Mappia que não sabemos ainda? Curiosamente, como surgiu o nome Mappia?
Eu gosto de ver coisas sobre mitologia grega e aí estava na minha missão de achar meu nome artístico e tive a ideia de ver nomes de deusas gregas, mas já não achei nada que me conquistasse, aí abri o tradutor grego e coloquei meu nome “ Maria Paula” e o R de Maria foi traduzido com uma letra que parecia um P, aí eu pensei “Mappia?”, e gostei muito e todo mundo que estava me ajudando aprovou também, as pessoas começaram a me chamar assim e pegou muito entre meus amigos aí ficou. Acho que outra coisa sobre mim é que eu sou uma pessoa ligada no 220, sou bem reativa e animada e a escolha dos ritmos definem minha energia, acho que me apaixonei tão rapidamente pelos ritmos latinos porque são energéticos como eu sou, outro ponto é que esses ritmos me ajudaram a me valorizar mais e a gostar do meu corpo. Antes eu acompanhava muitos conteúdos de gringas, que tinham o corpo magrinho e eu ficava querendo ser magra como elas, mas quando eu me voltei pra estética do meu continente eu passei a valorizar muito mais meu corpo, minha consistência, minha presença. Parei de tentar acompanhar tendências de corpos europeus e passei a amar muito meu corpo e ter os gêneros musicais e mulheres latinas como referência foi muito importante pra mim, por isso carrego esses ritmos com muita paixão, quero também ser uma referência forte de mulher latina.

Além desse EP, você já tem algum outro projeto para o futuro? O que podemos saber sobre?
Tenho sim! Estou trabalhando em um dancehall com dois produtores kLap que produziu meu EP e o Klean, um produtor da Bahia muito incrível. Acho que no começo do ano que vem já estará no mundo.
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