Cantor, compositor e produtor musical versátil, Marcos Matarazzo fez o show de lançamento de seu novo álbum “Tudo que eu não disse” em formato live no dia 21 de março. A apresentação foi transmitida pelo YouTube e Instagram direto do Teatro Municipal de Rio das Ostras a partir das 20h. A escolha do palco veio como uma homenagem à cidade onde o artista construiu parte da sua carreira.
Formado pelo Instituto Federal Fluminense, Marcos se consolidou como uma das novas e atuantes vozes no interior fluminense com projetos como a banda de indie e blues rock Indic Blue, com o projeto pop queer Siexx e com bandas como Smooth e Os Animais da Pista. Durante os doze anos de carreira se apresentou em sete edições do Festival de Jazz & Blues de Rio das Ostras, um dos maiores da América Latina. Em 2015 ganhou repercussão nacional com sua participação no reality show The Voice Brasil (TV Globo) no time de Lulu Santos. Sua passagem ficou marcada por uma performance cheia de personalidade de “Believe”, da Cher. Confira a entrevista!
No último domingo, o seu novo álbum “Tudo que eu não disse” teve o seu primeiro show transmitido através do YouTube e Instagram. Como foi apresentar essa novidade para o público e quais foram suas expectativas para esse momento?
Marcos: Oi! Primeiramente agradeço pelas perguntas e já começo dizendo que gravar e lançar um disco nesse momento, com todos os obstáculos que a gente encontrou e teve que contornar foi um baita desafio. Mas fizemos tudo acontecer da melhor maneira possível, dentro do que a gente tinha e podia no momento. Sou bem exigente comigo mesmo e acho que minha maior expectativa com relação ao show era conseguir fazer com que as pessoas em casa conseguissem sentir a emoção que eu estava sentindo ali no palco. Terminei a live com minhas expectativas superadas e cheio de orgulho e gratidão pela equipe maravilhosa que me acompanha.
Considerado uma das mais promissoras das novas vozes apresentadas no interior fluminense, a escolha do palco do Teatro Municipal de Rio das Ostras foi uma forma de prestar homenagem à cidade onde construiu parte de sua carreira. Qual a sua opinião a respeito da classe artística que vem crescendo na região?
Marcos: Acho que quem me acompanha sabe a importância direta e indireta que estar aqui em Rio das Ostras tem pra mim. A começar pelo mar e passando pelos artistas incríveis que conheci aqui. Gente que me ensinou e me inspirou muito. Essa região transborda arte e acho que a natureza daqui tem grande parcela nessa “inspiração coletiva”. Acho que quanto mais conheço dessa região, mais me dou conta da força dessa cena artística criativa, inovadora e promissora que surge por aqui.
Entre os seus projetos na indústria fonográfica está a banda de de indie e blues rock “Indic Blue”, onde lançou o projeto conjunto pop queer Siexx, além de bandas como Smooth e os Animais da Pista. Poderia nos contar um pouco mais sobre esse projeto?
Marcos: A Indic Blue foi o início da minha jornada no underground. Meu primeiro projeto. Minhas primeiras composições. Primeiras experiências com palco. Primeiro disco. É uma banda que tem uma importância ENORME pra mim. Com certeza ela foi o Start pra vários projetos que tive posteriormente e paralelamente com a Indic, como a Siexx , Smooth… A Indic é uma entidade. Imortal. Já fizemos pausas que duraram mais de um ano e na semana passada mesmo estávamos gravando um festival on-line! Indic Blue é uma banda cheia de alma. Tem vida própria mesmo.
No ano de 2015, há seis anos, o seu nome como cantor chegou a ganhar repercussão e ser reconhecido na mídia após sua participação do The Voice Brasil, onde após uma performance do sucesso “Believe” da cantora Cher, foi selecionado por Lulu Santos. Qual foi o significado dessa passagem para você no programa?
Marcos: O The Voice foi uma experiência surreal. Eu com meus 5 anos de estrada na música na época (2015) não fazia ideia do tamanho daquela experiência. Aprendi demais sobre muita coisa. Vi como tudo funcionava por dentro. O tamanho do profissionalismo daquela galera que fica por trás das câmeras. Estar em rede nacional e ao vivo é uma experiência muito forte e nesse ponto acho que o programa foi uma escola. Estar no time do Lulu também foi surreal. Meus pais deram o primeiro beijo ao som de uma música dele. Sempre ouvi a história. A chance de promover esse encontro entre meus pais e o Lulu foi muito emocionante.
Sobre o processo de criação do disco, quais foram as maiores dificuldades e aprendizados com esse feito?
Marcos: Acho que o maior desafio pra mim, além da pandemia e todos os impedimentos que essa situação impôs, foi falar sobre esses sentimentos que eu coloquei no disco. Em muitos momentos enquanto olhava meus cadernos e decidia o que entrava ou não, eu não me sentia ainda preparado pra falar sobre muitas coisas. O maior aprendizado pra mim foi justamente a importância de enfrentar essas inseguranças e ser cada vez mais honesto, mais aberto e mais verdadeiro. As pessoas conseguem sentir quando algo vem mesmo do coração. Elas se conectam com aquilo e isso é maravilhoso.
Em meio ao momento que vivemos por conta da pandemia, deixe uma mensagem de positividade aos leitores.
Marcos: Acho que a maior mensagem que posso deixar pra cada pessoa que está lendo agora é lembrando que, assim como tudo nessa vida, esse momento também vai passar. Estamos vivendo uma fase muito difícil e que nos faz encarar com muita frequência o quanto somos pequenos diante das circunstâncias as vezes. Meu conselho é: Sigamos sempre no caminho do amor, da responsabilidade e da esperança por dias melhores.
Além do show apresentado, quais são as metas propostas ainda para este ano?
Marcos: Fica até difícil fazer planos em meio a uma situação tão difícil, ainda mais pra nós da classe artística que temos sido tão afetados por essa pandemia. Mas uma coisa é certa. Tenho uma música que guardei com muito carinho e que pretendo dividir com vocês ainda esse ano. Não vou fazer muitas promessas pra não tirar a alegria da supressa, mas um single eu já posso garantir que vai ter!
Como você definiria sua carreira desde que começou até hoje? Nos conte um pouco sobre quem é Marcos Matarazzo.
Marcos: Pergunta difícil de responder, mas vou usar as palavras de dois artistas que admiro muito. Acho que eu sou a “Metamorfose ambulante” de Raul Seixas e o “Rapaz esforçado” da canção de Jards Macalé. Sou alguém completamente apaixonado pelo que faço. Alguém que encontrou na música uma forma de libertação. De dizer coisas que eu antes tinha medo. De ser quem eu sou em totalidade. Sempre digo que através da música eu me encontrei com Deus e comigo. Hoje, sinto que posso ser tudo o que eu me permitir ser.
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