O cantor e compositor recifense Lucas Baha iniciou uma nova fase em sua carreira artística lançado “Saudade do Que Não Vivi”, seu primeiro single voltado ao universo do pop. O vocalista da banda Baha!, focada no indie rock, aproveita o projeto solo para realizar experimentações diferentes do material já conhecido na companhia do grupo musical.
Sobre a sonoridade da canção, Lucas comenta que realiza uma vontade antiga de investir no pop. A letra do single, que também é assinada por Lucas Baha, é inspirada em vivências pessoais do cantor, tanto amorosas quanto artísticas. Fazendo questão de deixar o sotaque natural pernambucano estampado na sua música, a expectativa é de que “Saudade do Que Não Vivi” traga novos horizontes, além do fortalecimento do cenário pop pernambucano. Confira a entrevista:
No final de fevereiro, “Saudade do Que Não Vivi”, marcou um novo capítulo em sua carreira justamente por ser o seu primeiro single voltado para o pop. Como está sendo entrar de cabeça nesse novo mundo e como tem sido sentir a recepção do seu público?
Bem, tem sido extremamente satisfatório. Eu sempre quis me desafiar a entrar no Pop, porque ao contrário do que se pensa e fala por ai, não é simples como construir frases chiclete e soltar no mundo. Toda a construção do som é bem detalhada e tudo tem de se justificar no fim, trazendo sua verdade em meios a melodias gostosas de se ouvir (pelo menos é como eu trato e enxergo). Desde pequeno consumo muito o gênero e tem sido uma experiência incrível criar em cima disso, apesar de ainda ser o começo do começo de tudo.
A recepção do público tem sido incrível. Pra fazer uma mudança assim na carreira, a insegurança antes de lançar predomina, porque você não sabe como as pessoas vão enxergar e receber a nova proposta, mas me surpreendeu demais. A imensa maioria tem recebido muito bem, e temos chegado em muita gente que também traz feedbacks muito positivos.
Além de seu trabalho em carreira solo, você é a voz oficial como vocalista da Banda Baha!. Como é a união dos integrantes e o que os aproxima do indie rock?
A banda Baha! já passou por diversos moods e formações até hoje. Na última formação acabaram acontecendo imprevistos e no momento estamos com novas composições esperando o momento certo e que seja possível de gravar/lançar. Os planos mudaram MUITO nesse ano passado, mas a proposta que queremos trazer em um futuro próximo é uma soma de tudo o que foi criado no projeto até hoje e trazendo inovações pro Indie. Aguardem uma volta impactante também da banda.
A sua banda sempre esteve mergulhada no indie, apesar de já terem tido contato com vários estilos. Vocês sendo um grupo “eclético”, como se torna a busca por referências no momento criativo de composição dos trabalhos?
A Baha! começou como um projeto solo acústico em 2017, até por isso carrega meu sobrenome, mas com minha mudança pra a cidade de São Paulo, acabei me reconectando com meu lado rockeiro ao transformar o projeto em uma banda. Minhas influências do rock voltaram e passei a consumir majoritariamente o estilo novamente, mas como uma soma dos meus gostos musicais e o que eu gosto de tocar, acabei trazendo diversas influências junto ao estilo, como o R&B, o próprio Pop, mais pra frente o Hip-Hop, e mais pra frente, ritmos mais regionais. A mistura rítmica na minha musicalidade é essencial e vai estar sempre presente em qualquer projeto.
Apesar de está planejando explorar novos caminhos alternativos que fogem da filosofia unificada do grupo, você ainda possui certa dificuldade em se vê fazendo carreira fora de um grupo? Como é a sensação e as reações de estar andando com os próprios pés?
Eu senti na Baha! em alguns momentos como é ter uma carreira solo, porque as formações variaram muito e teve momentos em que fui solo, o que trouxe uma liberdade gigante e até dessa forma acabei conhecendo e interessando a nossa última formação como banda no projeto. O lado positivo é a liberdade e facilidade pra criar, determinando os passos que são dados de forma mais rápida e sem burocracias maiores. Em contrapartida, ter uma banda traz mais segurança, tanto nos palcos, quanto na hora de criar e enriquecer o projeto com várias fontes de influência. Os dois tipos de projeto são incríveis e tem seus lados positivos e negativos.
Você sempre se agradou bem mais ao estilo Pop. Existe alguém que tenha o inspirado na sua identidade sonora?
Antes de eu mergulhar meus ouvidos no Rock, Hip Hop e metal na minha adolescência, o que eu mais escutava eram grupos/artistas Pop americanos, como N’sync, Backstreet Boys e Britney Spears, e acho que aquilo trouxe essa minha veia até hoje. Mais pra frente, acho que dois representantes dessa cultura que me mantiveram fascinado foram os 2 Justins (primeiro Timberlake e mais pra frente o Bieber) e muitos outros.
O que o levou a compor “Saudade do que não vivi”?
A música foi composta mais pro fim de 2020, inspirada em 2 situações: um ex-relacionamento que tive à distância e o momento da minha vida em relação à música como um todo e o momento que vivemos de pandemia. Ela serve tanto como um desabafo e uma conversa com minha namorada da época, quanto uma conversa íntima com a vida, que nesse momento me torna mais ansioso que nunca quanto a tudo que ainda tenho que viver através da música. Minha sede por isso só cresce e até por isso prometo estar cada vez mais dedicado a esse trabalho.
Nos fale um pouco sobre quem é Lucas Baha e quem você quer ser no futuro.
Eu sou um cara sonhador desde sempre, sem nunca ter desacreditado de mim mesmo na música, que é de longe a minha maior paixão e razão pela qual vivo até hoje, com projetos ambiciosos e objetivos bem traçados (acredito) (RISOS). Eu quero chegar no máximo de pessoas possíveis, tocar o coração de muita gente e mudar um pedacinho do mundo, da forma que eu conseguir. Quero trazer inovações através da arte, ser sempre ousado, nunca morno e levar o nome da nossa cidade cada vez mais longe, assim como muitos representantes que temos em Recife.
Além da canção atual, existe algum novo projeto solo ou da banda para este ano ainda?
Com certeza! Já estamos em estúdio trabalhando em mais músicas pra sair logo logo, trazendo diferentes vibes e propostas no “Lucas Baha”. Aguardem o próximo lançamento (Em Abril ou Maio), que vai ser diferenciado, confirmando e trazendo tudo o que falei até agora.
Com a “Baha!” ainda é tudo muito incerto, mas podem esperar lançamentos inovadores pra esse ano ainda também.
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