Celebrando o hoje e o momento presente, o cantor e compositor carioca Gui Daiher regrava a faixa mais popular de seu primeiro disco, “Flores de Papel”, para resgatar os ânimos neste começo de 2021. O artista recria a canção “Não Pense Faça” com direito a um clipe, já disponível nos serviços de streaming e no YouTube.
A música foi composta por Gui Daiher e produzida pela equipe do estúdio Pássaro Hippie: Felipe Cambraia, ganhador do Grammy e atual diretor musical e baixista de Nando Reis; André Valle, produtor e músico de artistas como Ney Matogrosso, Zélia Duncan, Toni Garrido, Erasmo Carlos, Sandra de Sá; e Aurélio Kauffmann, engenheiro de áudio ganhador do Grammy e experiência com nomes como Milton Nascimento, Alceu Valença, Vanessa da Mata, Cássia Eller, entre outros. Confira a entrevista!
Buscando levantar os ânimos neste segundo ano de pandemia, tivemos no mês de março o relançamento do álbum “Não Pense Faça” que foi um de seus maiores sucessos no primeiro disco. Poderia nos contar um pouco sobre como essa música chegou até você e qual seu significado?
Gui: Essa canção veio em um momento que eu mesmo me aconselhei para a tal história. Além disso já tinha visto alguns amigos passarem pelo mesmo. Isso me deu forças para mandar uma mensagem de otimismo onde devemos enxergar as oportunidades que o presente nos proporciona. Olhar para nós e não deixar a tristeza do passado nem a ansiedade do futuro nos corromper.
A inspiração melódica veio logo após eu assistir um vídeo ao vivo de voz e violão do John Mayer. E assim a musica surgiu de maneira muito rápida quando misturei riffs na minha cabeça e logo em seguida peguei meu violão.
Ao mostrar para alguns amigos o comentário sempre era “essa é muito boa. Vai estourar!” Tomara que estejam certos, mas já é uma benção de presente e super gratidão ouvir esse tipo de feedback.
A produção musical ficou por parte da equipe do estúdio Pássaro Hippie, que conta com a direção de Felipe Cambraia e com o produtor Aurélio Kauffmann, ambos ganhadores do Grammy. Como foi realizar essa parceria com a produtora?
Gui: Desde o primeiro lançamento da minha carreira solo monto uma parceria não só de trabalho mas de super amizade com meu empresário Felipe Casqueira da Olhaí Produções. Ele que me apresentou ao Cambraia que em seguida colocou Aurélio e André formando o Estúdio Pássaro Hippie no meu caminho para essa produção e de outras que vem por aí.
É uma realidade profissional onde mais um grande degrau da minha carreira está realizado em ter nomes como esses no meu currículo. Além disso, são grandes amigos que levo pra vida e espero trabalhar muito com eles. Não é à toa nomes como Milton Nascimento, Nando Reis entre outros tenham trabalhado com eles. Além de competência possuem uma energia nota 10.
O seu trabalho traz como proposta incentivar os ouvintes a viverem o momento presente com um pouco mais de alegria deixando para trás as mágoas e tristezas. Você acredita que a música possa servir de um grande motivador em nossa atualidade?
Gui: Totalmente. Esse momento em que estamos em casa acho que nunca tivemos tanto pra pensar em quanto tempo não podemos perder. Precisamos viver intensamente. Enxergar e ouvir nossos amigos, familiares para que nosso passado seja um grande tesouro que guardaremos no baú da nossa lembrança. No clipe mostra Justamente esse roteiro escrito por Teresa Oliveira onde eu vivo vários momentos e transições e demonstro meu tesouro de lembrança através da fotografia que revela no final do clipe. “Viva o agora não pense faça”. O momento de hoje é se adaptar as condições e olhar cada vez mais para nosso eu interior.
Como definiria seu estilo musical?
Gui: Não acho que me enquadro num estilo musical único. Diria que é um Pop com influências da MPB, Nova MPB, Folk e até mesmo o rock pode estar presente. De maneira mais sítio do que antes. Mas no fundo ele tá ali passeando.
Passando por bandas de rock, você foi aos poucos transacionando para a nova MPB e o pop. O que o levou a essa mudança de estilo?
Gui: Na minha infância ouvia muito Queen, Led, Mamonas, Barão Vermelho, Frejat, Cazuza entre outros. Mas apesar de ser autodidata com o violão desde os 10, meu foco sempre foi cantar. Não é à toa que hoje sou preparador vocal.
Porém, a partir do meus 18 anos comecei a tocar piano e também ouvir muito John Mayer o que me incentivou a tocar mais violão. Além disso comecei a trabalhar muito com canto coral. Isso me fez conhecer nomes incríveis como Gil, Milton, Caetano. Comecei a ouvir canções mais calmas e poéticas sem parar. Foi daí que comecei a escrever letras com propósito e inovando mais meu estilo musical.
Conte-nos um pouco, como você define Gui Daiher?
Gui: Gui Daiher é um canceriano com ascendente em Libra, Lua em Sagitário e Venus em virgem. Acho que o mapa definirá melhor… tô brincando.
Acho muito difícil me definir, mas creio que sou um romântico que ama todos que contemplam o meu redor no dia a dia. Gosto de ajudar, amo ouvir e adoro me expressar. Sempre busco a transparência. Acho que o silêncio define muitas notas em minha vida. Expansão, controle e retração: um pouquinho de cada no meu caminho vai montando o prédio da minha trajetória.
Soubemos que você está com um projeto para um álbum com releituras. Conte-nos um pouco dos planos que você tem em mente.
Gui: Ahh, isso é surpresa! Já já vão ficar sabendo. Mas o que posso adiantar é que são releituras de um dos maiores compositores que esse Brasil ainda tem. Vai ser uma honra.
Em meio ao momento que vivemos, deixe uma mensagem de positividade aos leitores.
Gui: O medo de perder tira a vontade de ganhar. Pode passar o tempo que for, os sonhos não envelhecem. Tenham fé. Aproveitem esse momento que o universo nos deu para refletir, cuidar de você e se aperfeiçoar no seu trabalho, nas suas relações, na sua saúde e na sua alma. Vamos desfrutar o que plantamos hoje para colher bem lindão lá na frente!
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