Dju traduz uma vida de experiências voltadas para o autoconhecimento e a espiritualidade em uma série de canções onde revela suas primeiras composições. O trabalho musical da sul-matogrossense radicada no Rio de Janeiro é uma extensão de jornadas internas, agora compartilhadas. A primeira faixa, “Quase Lua Cheia”, ganha um clipe onde convida a explorar nossa conexão perdida com a natureza.
Uma ligação com a música desde a infância ganhou corpo nos últimos três anos, quando Dju passou a entoar mantras em satsangs e retiros espirituais e cantar em bares e eventos. “Quase Lua Cheia” surgiu justamente nesse contexto, em um processo meditativo durante a lua crescente. A partir daí, a composição começou a ser lapidada sem pressa, sempre nessa mesma fase e ao longo de três lunações, aprofundando seus significados ocultos. O aspecto místico da canção ganha tons modernos com os beats produzidos por Gabriel Gabriel, que ao lado de João Rios, trabalhou na sonoridade de “Quase Lua Cheia” desde suas primeiras versões. A letra, repleta de nuances, ganhou o acompanhamento de um arranjo onde sons da natureza se misturam.
Seu trabalho artístico é uma confluência de experiências que vão desde as primeiras composições, ainda na infância, até os processos de cura e autoconhecimento proporcionados pelo desprendimento de crenças limitantes e inseguranças ao longo de sua jornada e carreira. Astrologia, numerologia, alquimia e tarot surgem nesse caldeirão de influências, onde MPB e indie se encontram com tons de espiritualidade e mantras. “Quase Lua Cheia” é a primeira de uma série de canções onde os ciclos lunares irão revelar outras facetas de Dju. Confira a entrevista:
Quando surgiu o conceito de se dar nome aos singles em ciclos lunares ?
Tem uns 3 anos que eu faço meus planejamentos da vida acompanhando as fases da lua. Sei quando é o melhor momento para começar algo, para por ideias em prática, expandir, me recolher, enfim, aproveito cada fase do ciclo e isso faz muita diferença na minha vida. Somos seres cíclicos. Quando defini meus lançamentos eu já estava pensando que eles teriam que acompanhar as melhores influências da lunação. Então pensei “por que não expandir isso e compartilhar com mais pessoas, despertando em quem sentir o chamado de também retornar a nossa natureza cíclica”. Além de que Quase Lua Cheia, a primeira música desse meu projeto foi uma música com um processo criativo totalmente cíclico, escrita somente na fase da lua crescente. Acho que esse projeto tem um propósito muito forte de integrar, conectar e resgatar sabedorias ancestrais.
Seu trabalho artístico é uma confluência de experiências que vão desde as primeiras composições, ainda na infância, até os processos de cura e autoconhecimento proporcionados pelo desprendimento de crenças limitantes e inseguranças ao longo de sua jornada e carreira. Entrementes, a Astrologia e a Numerologia se tornaram uma base de conhecimentos que você costumeiramente aplica em sua vida?
Me considero uma eterna aprendiz desses assuntos. Quanto mais estudo, mais me fascino com a sincronia que essas sabedorias se aplicam no dia-a-dia. Então, ter um mínimo conhecimento sobre esses assuntos com certeza me ajudou a elaborar meu calendário de lançamentos alinhando com as influências que a astrologia tem no macro e internamente. Além de me ajudar a entender o meu propósito aqui no mundo, que é trazer cura através da música.
Como tem sido a recepção do público com o lançamento da canção “Quase Lua Cheia”?
Estou amando os feedbacks que tenho recebido. Muita gente despertou curiosidade sobre a lua e seus ciclos. Quase lua cheia é uma música meditativa com um toque descolado com os beats que os meninos, Gabriel Gabriel e João Rios, produziram. Então acaba agradando públicos diferentes. É boa para ouvir na natureza, em rituais ou até num rolê com amigos. O clipe também teve uma ótima repercussão, já são mais de 176 mil views! Eu to super grata com as mensagens de que essa música tem trazido cura, paz, alívio pro dia de quem ouviu. Sinto que cumpri o meu propósito com ela.
A ideia da sua canção é a de levar o ouvinte para uma outra atmosfera. Sabendo que a vida anda cada vez mais dura, principalmente agora com essa pandemia, você crê que canções como a sua possam trazer um certo tipo de conforto para quem a escuta? E o que em especial faz com que as pessoas sejam tão ligadas a música?
Sim! Acredito muito na lei da vibração. Pra mim tudo é energia. Quase lua cheia foi composta pensando em ter essa vibração elevada. Todo mundo que se envolveu produzindo, gravando, editando, colocou muita energia boa no processo. E ao mesmo tempo que ela leva o ouvinte pra outra atmosfera, ela também ancora quem ouve na presença. Nos tempos de hoje, com tudo que estamos vivendo, é muito fácil despertar a ansiedade sobre o futuro. Vimos que não temos controle de nada, isso assusta. Mas acho que estar presente é fundamental para poder encarar toda a realidade com mais leveza. É desafiador, mas acredito muito na força do momento presente. Quase Lua Cheia vem lembrar a gente de que a arte pode nos salvar, que cantar é uma medicina, palavras são medicina, música é medicina e cada um pode encontrar sua própria forma de se curar. Fala sobre silenciar a mente, escutar os sinais que estão por toda parte, permitir que o fluxo da vida aconteça. Quando a gente se conecta com nossa natureza cíclica, fica mais fácil de entender que tudo é passageiro e encarar momentos difíceis com mais paciência, com a consciência de que tudo isso vai passar.
Como está sendo elaborada a divulgação dos lançamentos das músicas por meio das redes sociais, existe algum critério que funcione melhor para você?
Como falei ali em cima, tudo é planejado com as fases lunares, os lançamentos, os conteúdos, tudo. Tenho falado muito sobre os ciclos da lua nas minhas redes e recebido vários retornos de gente que passou a se conectar com eles por conta da música. Acho que tenho criado um movimento muito lindo de retorno ao nosso calendário natural, que nossos ancestrais utilizavam antigamente e muitas culturas usam até hoje.
Além do projeto atual, podemos esperar novos para este ano?
Sim!! Vem mais lançamentos aí pela frente, músicas mais animadas, pop, forró, reggae. Tudo sendo preparado com muito amor, colocando toda minha energia nesses trabalhos para que mais músicas novas tragam alegria para quem ouvir. Fazer arte é minha medicina e compartilhar ela é mais curador ainda, porque sei que pode curar muita gente também.
Nos conte um pouco sobre quem é Dju.
Um dia uma amiga me escreveu uma frase que adotei pra vida: “Dju é um estado de espírito”. Meu pai me deu esse apelido quando eu era criança e cresci me identificando com ele. Dju é meu estado de espírito de expressar e transbordar amor, arte, alegria, leveza e simplicidade. Ainda assim, acho que vou viver numa eterna busca de quem é Dju. Minhas músicas ajudam muito a me entender e agora to feliz de compartilhar com mais pessoas que também se identificam com essa busca humana e profunda de ser.
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