Gabi Spaciari, está em 3 produções nacionais, “Fora de Cena”, na qual atuou com Douglas Silva, Marcelo Menezes e Hugo Bonemer, “Um Caso do Outro Mundo”, ao lado de Nívea Maria e Glauce Graieb e em breve iniciará as gravações de “O Armário Mágico”. Vale destacar também, que ela foi premiada logo na sua estreia como escritora, com o curta “Broken Hills”, que ganhou o prêmio de melhor curta internacional no Los Angeles Brazilian Film Festival, de 2020.
No filme “Love in Quarentine”, Gabi interpreta a artista plástica Alex que é casada com a psicóloga Victória . As duas vão ver a vida delas virar de cabeça para baixo, quando Alex se vê forçada a ficar confinada com o ex-namorado de Vic, Chris, por conta da pandemia. Sua história aborda com leveza o relacionamento homoafetivo plural. Confira a entrevista:
Você está participando da comédia romântica ‘Love in Quarentine’ como a artista plástica Alex. O que você pode nos adiantar sobre esse papel? Qual é a importância de abordar o assunto do relacionamento homoafetivo plural?
A Alex é jovem e busca segurança nas regras que cria pra si mesma e para seu relacionamento com Vic. Assim como parece insano viver com regras para tudo, parece insano criar regras para algo totalmente humano e imprevisível que são os relacionamentos. Precisamos normalizar o que já é natural.
Você venceu com ‘Broken Hills’ o prêmio de melhor curta internacional no Los Angeles Brasilian Film Festival de 2020. O quão importante foi essa conquista e como ela vem contribuindo para sua carreira?
Foi meu primeiro prêmio com um projeto que teve muito de mim, desde a idealização até o financiamento. Acho que reforçou minha capacidade de criação, pra mim e para os outros.
Conte-nos um pouco sobre Gabi Spaciari e quais razões a levaram para o meio artístico.
Eu cresci na zona rural no Paraná, com 12 anos comecei fazer teatro na minha cidade de 8 mil habitantes. Viajávamos com as peças de kombi pelas cidades vizinhas e eu percebia o brilho nos olhos das pessoas e o quanto mais humana e sensível eu me tornava ali. Foi então que eu decidi que queria dedicar minha vida a transformar outras vidas através da arte.
Soubemos que atualmente você está encarando simultâneamente três produções, sendo elas “Fora de Cena”, “Um Caso do Outro Mundo”, a própria “Love in Quarantine” e ainda entrará nas gravações de “O Armário Mágico”. Como está sendo equilibrar todos esses projetos? Esse processo exige muito da concentração e disciplina do ator?
Exige bastante! É preciso eleger o que é mais importante na rotina, eu gosto de me aprofundar para um papel, então quando estou em produção até o filminho do sábado a noite tem um motivo. Mas não gosto de misturar muito, mergulho completamente em um universo, fecho o ciclo e inicio a imersão no universo do outro filme…
Em “Love in Quarentine”, você interpretará um par romântico com a atriz Caroline Correa, e ainda passará a viver confinada com o ex-namorado de sua parceria devido a pandemia. Qual foi sua reação ao ler o roteiro pela primeira vez e quais são suas expectativas para que essa produção vá ao ar?
Eu amei o roteiro desde o primeiro momento! É divertido, dramático e inesperado. Além de ser um filme todo em inglês, com São Paulo de fundo, tem uma mensagem muito importante de identificação e quebra de preconceitos. Acredito que o público vai se surpreender com esse filme que não é mais do mesmo.
Qual é a importância da abordagem LGBTQI+ nas produções culturais, e como você vêm observado a valorização das produtoras em dar mais luz em relação a esse tema?
As produções além de trazerem esse universo pra mais próximo do público, contribuem pra formação de valores e quebra dos pensamentos limitantes, criam empatia, sensibilizam para que cada vez menos atrocidades movidas pelo ódio aconteçam.
Como foi a produção de “Love in Quarantine’’, teve algum detalhe de bastidores que você poderia contar?
O roteiro ficou pronto em 30 dias, com um time fera de 5 roteiristas. O filme todo foi rodado em 15 dias na produtora e um fim de semana no Guarujá. Só de falar assim já dá pra perceber a correria que foi. Também não tinha muito ensaio e possibilidade de erro, mas eu adorei trabalhar com o Miguel Rodrigues. Ele é do time dos que fazem acontecer!
Quais as dificuldades que você encontrou ao início da sua carreira de escritora?
Comecei escrever porque queria contar uma história que achava relevante pela atualidade e contexto social. Aprendi fazendo… Fiquei um ano pra escrever, estudava livros de roteiro, pedia feedback pra amigos roteiristas e fiz muitas versões. Escrever é por si só uma arte e sempre dá pra ser lapidada…
Broken Hills é o seu primeiro curta-metragem como autora que produziu e atuou. Essa experiência com “multifunções” despertou seu interesse em fazer novela?
Tenho interesse em fazer novela e TV fechada pela experiência de gravar todos os dias durante meses… acho que é o sonho de todo ator gravar todos os dias. A experiência com multifunções me deu vontade de fomentar mais projetos.
Você acredita que as produções brasileiras têm ganhado mais destaque no exterior?
Com certeza. Hoje temos além dos festivais e cinemas, a internet e o streaming. Há muito interesse lá fora pela nossa cultura, e temos muitos talentos no Brasil. Espero que os órgãos e empresas responsáveis em fomentar a cultura no nosso país caminhem juntos com essa tendência.
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