Com uma voz diferenciada que lhe é peculiar e uma maneira carismática de cantar, Domingos Silva possui um repertório bem agradável, interpretando sambas de sua autoria e de compositores já consagrados nas vozes de artistas como Martinho da Villa, Zeca Pagodinho, João Nogueira, Roberto Ribeiro, Cartola, Monarco entre outros.
Natural de Niterói, sempre esteve presente em rodas de samba no Rio de Janeiro, procurando fortalecer os movimentos do samba de raiz. Com isso, teve a oportunidade de conviver e aprender a acompanhar como percussionista grandes mestres do samba como: Luiz Carlos da Vila, Ratinho, Monarco, Noca da Portela entre outros. Em 2007 ficou em primeiro lugar com o samba “Flores Para uma Rosa” ( Baiaco\Mingo\Chacrinha) no Bota pra fazer música promovido pela Oi em parceria com o Grupo Casa da Matriz.
Em Novembro de 2008, venceu como melhor intérprete de samba, a 3º edição do festival de novos talentos do velho samba, promovido pelo bar Carioca da Gema. Neste mesmo ano teve ainda duas de suas músicas gravadas: “Samba da Pedra do Sal “( Mingo\Marquinho Diniz\ Chiquinho)” que faz parte do repertório do DVD do grupo Batuque na Cozinha e Arte do Povo ( Paulo Franco \ Baiaco\ Mingo) gravado pelo grupo Galocantô.
Em 2011, passou a fazer parte da roda de samba mais tradicional do Andaraí, Moacyr Luz e o Samba do Trabalhador, onde conquistou três prêmios da música Brasileira em 2016 e 2018. Já em 2020, lançou o seu primeiro CD autoral: Mingo Silva – Arte do Povo, o show no Teatro Municipal de Niterói em formato virtual, por conta da pandemia, com vendas de CDs on line. Esse trabalho conta com as participações de Zeca Pagodinho, Moacyr Luz, João Martins, Nicolas Krassik.
Neste ano, o projeto em DVD- Samba de Verão – com Diogo Nogueira onde teve duas músicas gravadas: Amor Verde e Rosa(Mingo Silva) e È Lenha(Nego Álvaro, Mingo Silva e Mosquito). Confira a entrevista:
Em seu primeiro álbum solo, que também é o trabalho mais recente, ‘Arte do Povo’, você conta com participações ilustres como a de Moacyr Luz e Zeca Pagodinho. Durante as composições das músicas para o álbum, como foi para você contar com a colaboração desses dois consagrados Sambistas?
Fiquei muito feliz e foi muito importante para o meu primeiro trabalho solo, como artista, compositor e percussionista.
E ter a oportunidade de cantar com esses dois ídolos foi sem dúvidas uma grande realização!
Você é um cantor, compositor e percussionista Fluminense. Apesar da popularidade, algumas pessoas podem não estar familiarizadas ainda com o seu nome e, para elas, conte um pouquinho sobre sua trajetória de vida até alcançar sua carreira dentro do meio do samba?
Iniciei minha trajetória musical desde moleque, frequentando escolas de samba, clubes, com meus familiares. Tendo oportunidade juntos dos meus primos já adolescentes, conhecer e aprender a tocar os instrumentos de percussão.
Mas pra quem não sabe, o meu primeiro contato com o canto e a composição foi com o rap, vencendo vários festivais em Niterói, São Gonçalo e Rio de Janeiro em meados dos meus 20 anos. Após alguns anos frequentando a Lapa , tive oportunidade com grupo de parceiros compor e cantar sambas e também ganhar festivais.
Como foi todo o processo de composição da faixa ‘Flor da Lua’, nos diga também qual foi sua inspiração que deu vida ao samba ao lado de Moacyr Luz?
Esse samba surgiu através de um papo com um adolescente que desde cedo já vivia nas noitadas. Ele me contou sua história e que nunca deixou de trabalhar, estudar, se esforçar. Me inspirou a escrever essa faixa. O Moacyr Luz, foi uma pessoa que ao chegar ao Rio me abraçou, dando a oportunidade de mostrar meu trabalho como cantor, compositor e músico. Assim, pude retribuir o carinho e o respeito, dividindo essa faixa que tanto amo.
Sendo um artista que lançou álbum recente, como está sendo o trabalho de divulgação e criação neste tempo em que o foco é o online?
Em março de 2020 eu lançaria o meu trabalho quatro dias após o decreto de lockdown, tendo então que cancelar toda a estreia. Meses após, fui convidado pelo Teatro Municipal de Niterói à lançar o meu CD em modo de Live. Fizemos uma ótima apresentação, apesar de não ter a presença do público. Recorri também às redes sociais para fazer minhas lives em casa e divulgar as vendas do meu CD. Aproveito para deixar aqui as minhas páginas. Por lá você pode visualizar um pouco mais do meu trabalho e adquiri-lo.
Instagram: mingo_silva
Youtube: Mingo Silva Oficial
Plataformas digitais: Mingo Silva
Qual foi a importância na sua vida em ganhar o Bota pra fazer música promovido pela Oi em parceria com o Grupo Casa da Matriz?
Foi importante para o meu reconhecimento e fortalecimento no meu currículo e no cenário musical.
Em meio a um momento tão difícil que estamos vivendo, deixe uma mensagem de positividade para o público.
Tenham fé e certeza que vamos sair dessa! Continuem se cuidando, a vacina está chegando! Pensando em você, está pensando também no próximo.
Você tem desejo de gravar sambas de Chico Buarque como “Quem te viu, quem te vê” que é uma música que fica na ponta da língua daqueles que frequentam uma boa roda de samba?
Como compositor, prefiro tê-lo como grande inspiração para compor as minhas músicas.
O seu processo de composição tem a inspiração de grandes sambistas como Noel Rosa e Elton Medeiros que tem vários sucessos marcantes na história do samba?
Com certeza! São artistas consagrados, como Cartola, Nelson Cavaquinho, João Nogueira, Aldir Blanc entre outros que também são minhas inspirações.
Como artista e compositor que frequenta rodas de samba no Rio de Janeiro, não podemos negar que além do samba, a Música Popular Brasileira também tem grande visibilidade, você deseja ao longo da sua carreira gravar sucessos do MPB ?
O samba e a MPB tem uma grande irmandade, tenho muitos ídolos desse gênero, quem sabe futuramente eu venha a gravar.
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