Idealizado pela atriz Amanda Azevedo, o monólogo surgiu em meio à pandemia, junto à vontade de contribuir com um entretenimento para as pessoas trancadas em casa.
A história é contada através de monólogos dinâmicos e envolventes, nos quais a outra personagem da chamada fica no imaginativo de quem assiste. A linguagem, assim como a trama, é atual, jovem e com muitas doses de humor. A série levanta questões relevantes sobre a nossa relação com as redes sociais e o nosso comportamento durante a quarentena. A maneira como a personagem se coloca diante dos conflitos faz com que o público se identifique, se divirta e se emocione. Todos os episódios, sendo 8 no total, já estão disponíveis, pensados para o IGTV. Confira a entrevista:
Olá, Amanda, tudo bem? Você iniciou um monólogo ‘Call com Cleo’. Sobre o que é essa série? E onde o público pode assistir?
Amanda: Olá, tudo bem! A série conta a história da Cleo, uma jovem que passa por um término de namoro na quarentena e então entra em uma divertida missão de se redescobrir e lidar com a nova vida de solteira. A narrativa é contada através de videochamadas bem leves e divertidas. A série aborda questões sobre a nossa relação com as redes sociais e o nosso comportamento durante a quarentena. O público pode assistir no Instagram da série, são 8 episódios no total, disponíveis.
Como surgiu essa ideia?
Amanda: Quando veio a pandemia comecei a me questionar sobre qual poderia ser o meu papel como artista para contribuir para esse momento. Assumi que meu lugar seria no humor, através de uma boa história, para deixar mais leve os dias intensos que todos estamos vivendo.
Comecei a observar muito o comportamento das pessoas na quarentena, percebi que começaram a existir vários perfis, dos mais produtivos e engajados com as novidades aos improdutivos. Nesse olhar atento vi que alguns casais estavam se separando por passarem muito tempo juntos, então pensei em explorar o oposto, casais que estão passando a quarentena separados e assim percebem que não sentem falta um do outro. Diante disso, nasceu a Cleo.
Quais são as expectativas para a recepção do público?
Amanda: Estou super feliz com o retorno das pessoas que já maratonaram a série. Elas embarcaram muito na história, se identificaram e já estão me pedindo segunda temporada! Então acredito que o público que ainda não conhece, ao assistir, vai criar uma empatia pela história da Cleo e até querer ser amigo dela (risos). Mas principalmente, espero que as pessoas se divirtam com a história e que ela traga um respiro para o dia delas.
A Cleo é intensa, espontânea e divertida. O que mais pode nos falar sobre ela?
Amanda: A Cleo gosta muito de se comunicar com as pessoas, passa a série toda fazendo vídeo chamada. Ela não pensa muito antes de falar, inclusive muitas vezes acaba revelando sentimentos que as pessoas sentem, mas não tem coragem de dizer. Isso que a torna divertida. A forma que ela lida com as situações do dia a dia, cheia de falhas e ao mesmo tempo querendo criar máscaras para escondê-las ou seguir um padrão, faz com o que o público se reconheça em vários comportamentos e se conecte com as questões dela.
O que a Cleo e Amanda têm em comum?
Amanda: “Todo mundo tem um pouco da Cleo” – essa é a frase que eu mais ouvi de quem assistiu, e concordo com ela. Esse “pouco” que tenho dela eu acho que é a parte do “querer fazer tudo”, ou participar de tudo. A doida dos cursos, (risos). Mas acho que isso vem da minha necessidade de se comunicar, de trocar com o outro, do interesse em conhecer coisas novas, que a Cleo tem também. Ah, e o senso de humor! Sempre tem uma dose de humor quando me expresso.
Sobre Amanda Azevedo, como surgiu o amor pela área ? Nos conte um pouco sobre seu início.
Amanda: Entrei para um grupo de teatro aos 7 anos e fiquei nele durante 11 anos, junto com o teatro da escola. Participei de mais de 20 peças nesse tempo. Eu realmente me encontrei. Era um lugar importante pra mim, de expressão, principalmente quando criança que eu era mais tímida. Lá era onde eu deixava fluir minha energia criativa, minha imaginação, eu podia ser quem eu quisesse. Minha conexão com a área começou aí, durante esses anos fazendo teatro. Então mais velha, comecei a estudar mais a fundo e entendi que era amor mesmo, assim decidi seguir como profissão.
Deixe uma mensagem.
Amanda: Gostaria de deixar minha mensagem a quem tem vontade de criar seus projetos ou tirar eles do papel. Durante esse processo com a série percebi como esse espaço da criação é infinito, libertador e delicioso, principalmente quando estamos envolvidos em algo que amamos e acreditamos. Quando eu me permiti entrar nesse fluxo de ideias descobri coisas que eu nem imaginava que podia fazer, como escrever textos. Muitas vezes nos limitamos por medo, insegurança, e colocamos vários empecilhos para não fazermos. Mas a gente precisa começar de algum lugar, nunca saberemos se uma ideia é boa se não começarmos. É melhor feito do que perfeito, porque é com ele feito que poderemos melhorar e ir além.
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