
Bia Borinn está brilhando nas telinhas na série Experimentos Extraordinários, exibida pela TV Cultura. Gravada em 2014 e exibida na época no Cartoon Network e depois na Netflix, o folhetim infanto-juvenil tem como objetivo retratar os bastidores de um programa de TV sobre experimentos científicos caseiros. Interpretando a vilã Úrsula, Bia comemora a volta do seriado, especialmente em um momento delicado que estamos vivendo por conta do coronavírus. Para a atriz, Experimentos Extraordinários tem ainda um “sabor especial”, já que marcou sua estreia em uma série de TV.
A brasiliense de 39 anos cresceu em São Paulo e desde 2014 mora nos Estados Unidos com sua família. Casada há 11 anos com o também ator Eduardo Munniz e com quem tem dois filhos, Miguel e Matteo (8 anos e 1 ano), os dois mantinham idas constantes a Nova York para assistirem peças da Broadway e se atualizarem sobre o mundo da dramaturgia, até que decidiram permanecer no país por um ano que se transformaram em 5 anos e meio. Confira a entrevista:
Olá Bia, tudo bem? Nos conte primeiramente, quem é Bia Borrinn ?
Bia: A gente é tantas pessoas em uma só, não é? Mas de maneira simples sou uma mulher, mãe e atriz.
Você faz parte da série ‘Experimentos Extraordinários’, exibida pela TV Cultura. Como é viver a Úrsula? Apesar de ser uma vilã, consegue encontrar algo nela que você também tenha ?
Bia: Ah a Úrsula é meu lado tirana, sem paciência. Mas a Úrsula se diverte sendo malvada, eu não.
Quais são suas metas para o futuro ?
Bia: Quero conseguir criar meus dois meninos da maneira mais saudável e tranquila possível, e continuar produzindo conteúdo como atriz e filmmaker.

Entre 2008 a 2009 comandou seu primeiro programa ao vivo, o “HitTvê”, na Rede TV!. O que essa exibição contribuiu para sua carreira ?
Bia: Foi um aprendizado absurdo, o Luciano Amaral praticamente nasceu na TV e é um excelente comunicador. Aprendi como é um programa ao vivo, com ponto, teleprompter, ligação de telespectadores, entrevistas, convidados… muito improviso… eu adorei!
Qual o significado na sua vida trabalhar com Alan Ayckbourn, um dos maiores dramaturgos da história do teatro inglês ?
Bia: O Alan é um grande mestre. Observá-lo dirigir foi um presente na vida. Calmo, respeitoso, bem humorado, profissional. Entendi que o grande diretor é quem consegue harmonizar todos que estão no processo criativo de maneira que cada um dê o seu melhor – e que seja uma experiência positiva, divertida. O texto era dele e os atores eram maravilhosos também.
Você está atualmente preparando uma série exclusiva para o IGTV que se passará em Santa Monica, cuja protagonista é uma brasileira. O que pode nos adiantar sobre o seriado ?
Bia: Posso adiantar que será sobre uma brasileira, mãe de 3 filhos, casada com um americano, que não consegue mais trabalhar como atriz pois foi engolida pela maternidade e pelas dívidas. Será uma micro série, com poucos episódios curtos, e que trará uma diversidade grande de atores. Quero ajudar um pouquinho a quebrar os estereótipos de Hollywood.
Vivendo em Los Angeles, como foi e é viver na quarentena?
Bia: Quando começou a pandemia eu saí e fui para o Brasil, porque com as escolas fechadas, tudo parado, não sabia o que ia acontecer e queria estar perto da família. Agora estamos prontos para voltar para nossa casa e encarar o que vier pela frente.
Deixe uma mensagem.
Bia: Estejamos atentos para não sermos manipulados para que nos odiemos. É assim que perdemos a razão e a força do coletivo, como povo. Vamos valorizar nossa cultura, nossos artistas, nossos professores. Verifiquemos as fontes das notícias. E, acima de tudo, cuidemos das nossas feridas para que não propaguem um ciclo de ódio e raiva atoa por aí. O mundo precisa de ação guiada pelo amor.
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