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Lucia Moyses alerta sobre a Síndrome da Cabana

Andrezza Barros by Andrezza Barros
18 de março de 2021
in Entrevista
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Lucia Moyses alerta sobre a Síndrome da Cabana
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Tempo de Leitura: 4 Minutos
Síndrome da Cabana é o nome dado em função dos trabalhadores norte-americanos que se refugiavam em suas cabanas quando o inverno chegava e, depois, tinham receio de voltar à civilização quando o frio terminava | Divulgação

Já ouviu falar sobre a Síndrome da Cabana? Esse termo surgiu em 1900 e apesar de não ser muito conhecido, caracteriza a situação de muitas pessoas diante da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Seu vizinho, um amigo, um familiar ou até mesmo você pode estar passando por isso. Como um alerta, realizamos uma entrevista com a psicóloga, escritora e neuropsicóloga Lucia Moyses sobre o tema. Confira:

O que é a Síndrome da Cabana?

“A Síndrome da Cabana é o medo de sair de casa após um longo período de isolamento. O indivíduo com essa síndrome só se sente seguro e protegido dentro do seu lar”.

O medo é uma sensação provocada pelo cérebro que auxilia o indivíduo em sua sobrevivência e adaptação. Como fazemos para enfrentar este sentimento?

“Primeiramente, é necessário identificar se esse medo é real ou imaginário. Se está de acordo com a situação que o provocou ou se é desproporcional à mesma. O medo momentâneo e que termina tão logo não exista mais uma situação de perigo é normal, e nos ajuda a escolher o melhor caminho de forma a nos proteger. Por exemplo, antigamente, o medo tinha apenas duas funções: fugir ou lutar. Hoje, já existem outras alternativas que podem salvar a nossa vida. Se um assaltante nos ameaçar com uma arma, nem fugir nem lutar serão recomendáveis. O ideal é se manter quieto e não resistir ao bandido. Esse tipo de medo deve ser encarado como necessário e a única coisa a se fazer é resolver a situação da melhor forma possível, e ele terá cumprido sua missão. No entanto, quando o medo é exagerado e prolongado, passa a ser chamado transtorno de ansiedade, então é preciso tratamento. Se não for possível com leituras, meditações, relaxamentos, seria recomendável procurar um psicoterapeuta. No caso da Covid-19, a ansiedade persistente e sem tréguas pode levar a uma depressão severa”.

Sentir medo é não só normal, como necessário. Mas se este medo acaba atrapalhando no dia a dia da pessoa?

“Quando o medo passa a atrapalhar a vida das pessoas, ele passa a ser classificado como um Transtorno de ansiedade. As fobias, por exemplo, o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), a síndrome do pânico, são distúrbios que devem ser tratados para que o indivíduo volte a funcionar em seu dia a dia”.

Levando para o lado da ansiedade. Acredita que a Síndrome da Cabana e a Ansiedade possam estar interligadas?

“Sim, mas é importante ressaltar que a ansiedade não causa a síndrome da cabana. A síndrome da cabana é causada por conta de longos períodos de isolamento, de confinamento. O nosso cérebro passa a entender que somente confinados estamos protegidos, seguros. Nossa mente se adapta àquela situação, que passa a ser considerada necessária e essencial. Mesmo prisioneiros, após um longo período encarcerados, resistem a voltar à liberdade. A mudança sempre nos tira da zona de conforto, ainda que, para os outros, essa zona seja uma opção ruim. No entanto, a síndrome da cabana pode e, provavelmente irá, desencadear um Transtorno de ansiedade, uma síndrome do pânico, agorafobia ou até mesmo uma depressão grave”.

Como uma pessoa pode saber se está sofrendo da Síndrome?

“Quem sofre desse fenômeno pode sentir muita angústia, muita ansiedade, perder a concentração, perder a memória, passar a comer muito e a dormir muito, embora possa acontecer de o indivíduo perder o apetite e o sono. E alguns sintomas físicos também podem se manifestar, como taquicardia, sudorese, tonturas. Hoje, o medo de sair de casa é normal, por conta da contaminação. No entanto, quando a pandemia acabar e não houver mais perigo, quem estiver sofrendo da síndrome da cabana continuará no isolamento e ficará muito angustiado só em pensar em voltar às ruas”.

E como podemos tratá-la?

“Em primeiro lugar, o indivíduo precisa respeitar o seu tempo. Não se cobrar e não se culpar por não conseguir sair de casa. Ele precisará se sentir novamente no controle de sua vida de forma a controlar o seu medo. Lembrar-se de todas as coisas que eram importantes e prazerosas antes da quarentena, quando saía de casa, de forma a condicionar seu cérebro a vencer o medo que o aprisiona. Um terapeuta pode ajudá-lo em todas essas fases e ainda utilizar a dessensibilização sistemática, uma técnica mais eficaz nesses casos. É muito importante que o indivíduo procure ajuda profissional caso não esteja conseguindo vencer a síndrome sozinho, pois após um período de duas semanas já é possível desencadear uma depressão grave”.

Deixe uma mensagem ao público.

“A síndrome da cabana, apesar do nome, não é classificada como uma síndrome, um transtorno mental. No entanto, pode desencadear um transtorno mental se não for tratada. Algumas pessoas, mesmo isoladas, estão saindo de casa quando necessário, tomando todo o cuidado, usando máscaras, evitando aglomerações. Essas pessoas, muito provavelmente não desenvolverão a síndrome, uma vez que não estão totalmente confinadas. Outras pessoas não estão respeitando o isolamento e dificilmente terão essa síndrome, embora corram o risco de contrair o vírus e/ou passá-lo para alguém. Quem não está saindo de casa absolutamente para nada, nem mesmo para colocar o lixo para fora, tem uma possibilidade maior de desenvolver a síndrome da cabana. Como já foi mencionado, não é um transtorno mental e tem tratamento. O importante é procurar ajuda. Sempre”.

Autor

  • Andrezza Barros

    Andrezza Barros (Niterói, 21 de abril de 1995) é uma jornalista, colunista e entrevistadora do entretenimento.

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