O que o médico neurologista e psiquiatra, Sigmund Freud, quis ensinar com a obra-prima, O Mal-estar da Civilização, publicada pela editora Edipro? Para ele, o mundo é feito de regras sociais, leis e privações de todas as espécies que atingem o homem em cheio. Mas a humanidade tem a capacidade de viver com tantas imposições?
A resposta é não. Neste estudo, além de mostrar os danos psicológicos que as privações dos instintos naturais dos homens causam nos indivíduos, Freud avalia o comportamento das pessoas em relação a essas regras. Ele cita que as pessoas naturalmente não cumprem todos os limites que a sociedade impõe, logo, isso gera uma eterna espiral de hipocrisia em que a civilização sobrevive e se constrói.
Segundo o pai da psicanálise, é impossível que as pessoas construam laços firmes e fortes diante de tantas proibições, neste sentido elas escondem suas obscuridades, fingem não ser quem são e formam os relacionamentos em cima de omissões e mentiras.
Além das crueldades escondidas, a formação da sociedade ficou baseada em discursos que permitiam atos cruéis em nome de um bem maior diante aos que regem essas regras e leis, tais como as guerras.
Neste sentido, Freud não só vê o homem dividido entre a sua natureza e a cultura, mas sim sofrendo todas as consequências que isso pode causar. Patologia social é o sofrimento continuo e propagado pela sociedade.
Ficha técnica
Editora: Cienbook
Assunto: Psicanálise
Preço: R$ 29,00
ISBN: 9788568224175
Edição: 1ª edição, 2020
Tamanho: 14×21 cm
Número de páginas: 96
Onde comprar: Amazon
Sinopse: O mal-estar na civilização nos apresenta a teoria freudiana de que o conflito entre as regras sociais e as pulsões primitivas do homem seria a principal causa dos distúrbios psicológicos de nosso tempo. Escrito em 1929 e publicado no ano seguinte, tornou-se uma das obras mais lidas do psicanalista tcheco. Este estudo da relação entre a sexualidade e a agressividade do indivíduo e a opressão civilizatória da cultura é uma verdadeira investigação sobre as origens da infelicidade do homem. O mal-estar na civilização — nesta edição traduzida por Saulo Krieger e prefaciada pelo doutor em filosofia de Guilherme Marconi Germer — é um dos mais importantes tratados médicos da história da psicanálise, bem como uma importante ferramenta de análises sociológicas. Uma obra-prima que nos faz questionar: estariam as comunidades condenadas a um estado permanente de neurose?
Saulo Krieger é o tradutor de O Mal-estar na civilização, de Freud. É graduado em Filosofia pela USP e doutorando em Filosofia pela Unifesp, bolsista na Université de Reims, na França. A obra tem muita conexão com o momento atual. Para Freud estamos condenados a sermos infelizes ao ponto da total destruição por termos que viver reprimidos de nossos instintos mais primitivos.
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