Infelizmente, o preconceito ainda é evidente em pleno século 21, mesmo após 300 anos da morte de Zumbi – líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas.
Casos recentes como de João Pedro, 14 anos e George Floyd, 40 anos, tem levado a população a revolta pela falta de justiça pelos ocorridos. Pensando nisso, separamos uma lista de três livros sobre o tema que já foram adaptados para filme.
O sol é para todos (Harper Lee)
O livro é narrado pela sensível Scout, filha de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos EUA dos anos 1930. Após o ocorrido, o homem sofre ofensas pela comunidade racista. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça. O sol é para todos, com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” – The New Yorker – se tornou um clássico para todas as idades e gerações.
“Existem coisas no nosso mundo que fazem os homens perderem a cabeça; não conseguiriam ser justos nem se quisessem. Nos nossos tribunais, quando se trata da palavra de um branco contra a de um negro, o branco sempre vence. É horrível, mas é a vida.”
O sol é para todos
A resposta (Kathryn Stockett)
Considerado por Oprah Winfrey um dos melhores livros de 2009, sendo o mais vendido em 2011 nos EUA, além de ter sido adaptado para o cinema em 2012, com o título Histórias Cruzadas. “A resposta” conta a história de uma jornalista branca que decide escrever um livro em que empregadas domésticas negras relatam o seu relacionamento com patroas brancas do Mississipi na década de 60. Mesmo com receio de prováveis retaliações, ela consegue a ajuda de Aibeleen, a empregada doméstica que criou 17 crianças brancas, e Minny, que, por não levar desaforo para casa, já esteve por diversas vezes desempregada após bater boca com suas patroas. Aproveitando o surgimento das primeiras manifestações em defesa dos direitos civis, Skeeter espera que seu livro choque as pessoas brancas preconceituosas e traga orgulho e esperança à comunidade negra de Jackson, condado onde se passa a história. Ao mesmo tempo, com a possível publicação do livro, ela espera quebrar as suas próprias barreiras e realizar o sonho de sua vida. Uma história emocionante e estarrecedora onde a cor da pele das pessoas determina toda a sua vida.
Tempo de matar (John Grisham)
Pena de morte. Até que ponto se é contra? Até que ponto se é a favor? Se dois drogados estupram, torturam e tentam matar uma menina de 10 anos, qual a pena que deveriam ter? E se um pai, chocado com todas estas barbaridades cometidas contra a filha, resolve fazer justiça com as próprias mãos, o que ele merece? Pelas leis do Mississípi, Estados Unidos, 20 anos de prisão para os primeiros e a cadeira elétrica para o segundo. Tentando reverter este paradoxo legal, o advogado Jack Brigance enfrenta mais um problema para defender seu cliente, Carl Hailey, preso depois de matar os dois estupradores. O racismo! A opinião pública fica dividida entre os que apoiam a atitude de Hailey e os que não admitem que um negro acabe com um branco. Conhecido como o número um do legal thriller, John Grisham começou a escrever “Tempo de matar” três anos depois de se formar como advogado na Ole Mississipi Law School.
Descubra mais sobre Andrezza Barros
Subscribe to get the latest posts sent to your email.