Mostrando que o mundo dos games também é das meninas, Marina Vieira, mais conhecida como Mari Gamer, é uma jovem de Minas Gerais que faz parte do grupo Nimo TV e conta com mais de 120 mil seguidores. Sendo a primeira mulher da equipe de Free Fire, Los Grandes, a garota vê seu público crescer cada dia, aprendendo a lidar com as dificuldades, como os comentários machistas e fora de contexto.
As dificuldades de lidar com o público e a desconfiança da própria família, que no começo não acreditava que era possível ter os games como profissão, logo foram passando e Mari está realizada, fazendo o que ama e realizando muitos sonhos. Por isso, acredita que a chave para o sucesso é não desistir e fazer sempre o seu melhor. Confira a entrevista:
O que a fez seguir no mundo dos games?
Mari Gamer, Streamer na Nimo TV: Desde criança eu já gostava muito de jogos. Há algum tempo conheci o meu namorado através de um jogo e a partir daí fui me interessando cada vez mais.
Ainda existe muito preconceito diante da mulher seguindo a área dos games? Você já passou por algum momento delicado?
Mari Gamer, Streamer na Nimo TV: Sim, ainda existe muito preconceito, infelizmente. É algo a ser combatido todos os dias. Eu creio que a maioria das mulheres do mundo gamer tenham alguma história delicada que elas passaram para contar.
No mês das mulheres, o que você gostaria de dizer a todas as leitoras?
Mari Gamer, Streamer na Nimo TV: Todas nós somos capazes de realizar os nossos sonhos, nunca deixem ninguém dizer o que você pode ou não fazer, até porque lugar de mulher é onde ela quiser!
Como é ser a primeira mulher da equipe Los Grandes?
Mari Gamer, Streamer na Nimo TV: Eu fui a primeira streamer a ser contratada pela Los Grandes. Depois de mim, esse número vem crescendo e eu me sinto muito realizada de fazer parte desde o começo.
Sendo considerada atualmente uma das grandes apostas para o mundo dos jogos, você começou a jogar na Nimo TV há pouco mais de um ano. Como você avalia esse balanço das mudanças que teve em sua vida durante esse tempo?
Mari Gamer, Streamer na Nimo TV: A Nimo TV mudou a minha vida positivamente. Sempre serei grata por tudo o que essa plataforma incrível já fez por mim! Nunca pensei que conseguiria realizar o meu sonho, que sempre foi trabalhar com jogos. E com a Nimo TV eu consegui isso! Gratidão sempre.
Ao mesmo tempo em que observamos seu crescimento jogando com seus amigos online, soubemos que você já foi exposta a várias situações difíceis de lidar, como o machismo. Além do mundo lá fora, por que você acha que ele está se fazendo tão presente nos jogos? Quais são as suas maneiras de lidar com isso?
Mari Gamer, Streamer na Nimo TV: Eu acho que o machismo presente nos jogos reflete muito também do que a sociedade pratica fora deles. Até porque tem machismo em qualquer lugar. Mas creio que nos jogos as pessoas se sentem encorajadas de praticar porque, para muitas coisas, não tem punição. Ninguém sabe quem está do outro lado da tela.
Uma observação que tem sido muito comentada pela sociedade dos familiares e psicólogos é a situação dos jovens estarem cada vez mais horas conectados aos jogos sendo alegado que esse hábito esteja os tornando antissociais. Qual é a sua visão a respeito dessas situações, levando em consideração que você tem 21 anos atualmente?
Mari Gamer, Streamer na Nimo TV: Eu acho que as pessoas têm que ter a liberdade de fazer o que gostam. Se o que a pessoa gosta de fazer é jogar, não vejo problema algum, desde que ela esteja fazendo isso pelo motivo certo e não deixando as suas responsabilidades para trás. Com a pandemia, então, muito mais pessoas passaram a se divertir com os jogos, por causa do distanciamento social.
Nesses últimos cinco anos aproximadamente, as plataformas de streaming gamer como a Twittch e a própria Nimo TV tem ganhado ainda mais destaque, dando uma nova casa aos jogadores que só se apresentavam pelo YouTube. Quais as melhorias que essas novas tecnologias proporcionaram a vocês?
Mari Gamer, Streamer na Nimo TV: Uma ótima melhoria, já que os jogadores podem expandir cada vez mais o seu trabalho por meio da plataforma e ter um contato mais próximo com o público. A plataforma de stream dá muito mais suporte do que o Youtube.
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