Neste domingo (10/03) vão ao ar os dois primeiros episódios da nova série documental do GNT e produzida pela Café Royal, “Justiça Por Elas”, que relata e discute as várias violências a que as mulheres são expostas ao longo de suas vidas.
Com duração de sete episódios, a produção contará com apresentação de Gabriela Manssur, advogada especializada no direito da mulher e ex-promotora pública, que discutirá os aspectos jurídicos, práticos e emocionais de cada tipo de violência junto a pensadoras e pesquisadoras do tema, nomes relevantes do direito e da psicologia.
A produção do programa é feita inteiramente por mulheres, pela frente e por trás das câmeras. A direção é de Andrea Cassola e a produção executiva de Adriana Tavares, sócia da Café Royal.
A série vai ao ar todos os domingos, às 23 horas, com dois episódios em sequência. Os conteúdos também estarão disponíveis no Globoplay + Canais.
No primeiro episódio, sobre Violência Doméstica, participam como personagens Zeila Plath, Advogada e Especialista em Ciências Criminais e Maria Gal, atriz. Ao comentarem sobre suas experiências como vítimas da violência doméstica, as entrevistadas suscitam vertentes como os ciclos da violência, os sinais de um relacionamento abusivo, a importância da sororidade entre as mulheres e a escalada desse tipo de violência. Uma das especialistas, Valéria Scarance, que é Promotora de Justiça, alega que “A chave para o enfrentamento da violência doméstica contra a mulher é a percepção, a constatação da violência psicológica”.
Além de Manssur, que apresenta o programa, participam como especialistas: Daniele Campos, Advogada especializada em direito das mulheres; Maria Sylvia de Oliveira, Advogada e coordenadora de políticas de promoção de gênero e raça do Gelédes Instituto da Mulher Negra; Pagu Rodrigues, Coordenadora de prevenção a violência contra as mulheres no Ministério das Mulheres e Kátia Rosa, Psicóloga especializada em violência contra a mulher.
Já o segundo episódio, tem como tema o Feminicídio e conta com os relatos de Tina Gabriel, irmã de vítima de feminicídio, e Bruna Freitas, Assistente Administrativa.
As histórias das convidadas criam rostos para os números estarrecedores de feminicídio no Brasil, quando a morte da mulher acontece por ela ser mulher. O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres. Em 2022, foram registradas 1.437 mortes, sendo 61% de mulheres negras e com 53% dos assassinos como “parceiros íntimos”.
Considerado um dos maiores avanços contra esse cenário, o episódio relembra a criação da Lei Maria da Penha. Em 1983, Maria da Penha levou um tiro nas costas de seu então marido enquanto ela dormia. Lutou 19 anos por justiça quando, em 2002, o agressor foi finalmente preso. Em 2006, foi criada a Lei em homenagem a seu nome, estabelecendo a concessão de medida protetiva. A importância disso está nos dados: 97% das vítimas de feminicídio não tinham medida protetiva.
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