As tecnologias digitais estão cada vez mais presentes na educação, mas seu impacto sobre a aprendizagem varia conforme a forma como são aplicadas. Um relatório da OECD publicado em 2025 mostra que computadores, jogos, plataformas e inteligência artificial podem trazer benefícios relevantes, mas apenas quando há integração pedagógica, preparo docente e alinhamento ao currículo. Sem isso, prevalecem riscos como distrações, sobrecarga cognitiva e desigualdade no acesso.
A análise reúne evidências em diferentes áreas. Em matemática, por exemplo, programação e robótica favorecem o raciocínio lógico e a criatividade, enquanto softwares de geometria ajudam na compreensão visual. Em ciências, realidade aumentada e laboratórios virtuais ampliam a experiência prática e o entendimento de conceitos complexos. Já na leitura e escrita, ferramentas digitais interativas e a produção de mídia contribuem para a alfabetização e o vocabulário. Em todos os casos, os estudos reforçam que a presença de professores preparados é o que determina se a tecnologia se traduz em aprendizagem efetiva.
Outro ponto destacado é que o futuro da educação digital passa por três eixos: literacia digital (capacidade crítica de usar tecnologia), personalização mediada por IA e equilíbrio entre práticas online e offline. A OECD ressalta que a formação contínua de professores e o desenho intencional das atividades são essenciais para que os recursos digitais não sejam apenas acessíveis, mas de fato eficazes.
Entre as plataformas que aplicam esse modelo está o TutorMundi, uma plataforma de monitoria online que reúne aulas particulares, plantões de dúvida, orientação de estudo e correção de redações. A tecnologia atua nos bastidores, fazendo a triagem e conectando alunos a tutores. Nas aulas particulares, o atendimento é sempre feito por tutores humanos, que podem interagir com os alunos por chat ou voz e utilizar um quadro digital interativo para resolver exercícios, desenhar esquemas e visualizar conceitos em tempo real. No plantão de dúvidas, quem responde primeiro é o Teco, chatbot da plataforma, mas as respostas passam por aprovação de tutores antes de chegar ao aluno. Já na correção de redações, a análise é feita pela inteligência artificial, que oferece feedback imediato. Para escolas, a plataforma gera relatórios pedagógicos que mostram padrões de dúvidas e áreas em que os alunos precisam de reforço, ajudando gestores e professores a tomarem decisões curriculares de forma mais assertiva. Só em 2024, o TutorMundi registrou mais de 47 mil horas de monitoria, com mais de 1 milhão de atendimentos educacionais acumulados desde sua criação. Os dados da plataforma evidenciam a busca crescente de escolas por reforço personalizado em Matemática, Ciências e Redação, e mostram como o uso combinado de IA e tutoria humana tem fortalecido a aprendizagem em ambientes híbridos.
Segundo Rapha Coe, CEO do TutorMundi, “a tecnologia amplia o alcance, mas é a interação humana que direciona o aprendizado. Por isso acreditamos na combinação entre IA e tutoria personalizada, que torna o apoio educacional mais inclusivo e efetivo”.
As conclusões da OECD reforçam que a discussão sobre inovação na educação deve ir além da distribuição de dispositivos. O desafio está em desenhar estratégias pedagógicas que combinem ferramentas digitais, acompanhamento humano e equidade de acesso. Experiências como a do TutorMundi mostram que essa integração já está em andamento e pode orientar modelos híbridos de aprendizagem em escala global.
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