Os versos de Tatu – canção de Tagore composta em 2018 e lançada nas plataformas de streaming em fevereiro de 2021 – já profetizavam um mundo “muito louco”. Seu videoclipe abraça essa loucura em uma trama misteriosa e cheia de simbolismos. A obra é assinada pelo diretor Fabrício Koltermann e pela produtora gaúcha Toca Audiovisual.
Com single no forno. “Olho Dela” canta a vida e a ilusão e foi inspirada no mestre Jorge Ben Jor. A faixa estreia nas plataformas musicais na próxima sexta, 26, pelo Selo Estelita. A canção foi gravada sob o olhar cuidadoso de Pupillo Oliveira (ex-Nação), que já trabalhou com Lirinha, Otto, Gal Costa, Paulo Miklos, Erasmo Carlos e Nando Reis. O próximo disco de Tagore se chamará Maya, tem lançamento previsto para Maio, e marca uma nova fase mais pop e madura musicalmente do pernambucano. Confira a entrevista:
Apresentada ao público no mês passado, o single “Tatu” chegou com a ideia de profetizar uma versão alternativa do nosso mundo em meio a um universo de simbolismo e mistérios. Como foi a trajetória da concepção à finalização desse projeto?
Tagore: A concepção ficou toda por conta da toca audiovisual, nossos parceiros de Santa Maria, no Rio Grande do sul.
Gravado em um casa rústica no Rio Grande do Sul, o conceito do cenário ajudou os espectadores a gerarem uma nova visão que acompanhasse e os fizessem abraçar o enredo da letra que apresenta a representatividade feminina em um ambiente de trabalho que hoje é majoritariamente composto por homens. Qual foi a mensagem que quis deixar em sua obra e que transformações planeja promover a partir de sua essência como músico?
Tagore: Acho que a mensagem final é a de desapego ao concreto, real, material, representado na forma de um despertar ritualístico. Acredito que cada coração que se sinta tocado e acolhido por nossa poesia, já é uma célula de transformação, em meio ao cinza frio no qual nos encontramos.
Um dos significados ocultos do enredo de “Tatu” tem como representação alguns rituais que fazem analogia ao filme sueco “Midsommar” de Aster. Em uma sociedade onde as pessoas demonstram possuir um alto grau de atividade crítica voltadas para interesses pessoais, vocês chegaram a demonstrar algum receio ao fazer abordagens ligadas à ceitas?
Tagore: Não, quando fui apresentado ao roteiro, não me incomodou ou alarmou o fato de existir uma passagem cerimonial no desenrolar dos eventos. A arte não pode se afunilar pra caber em certos conceitos e expectativas individuais. A Arte é um macro-organismo, uma teia sutil entre o tempo e o espaço .
O principal elemento que parece ter sido crucial para a formação característica da apresentação dos sentimentos visuais foi a fusão das danças com os elementos ambientais do videoclipe. Como foi trabalhada essa ligação com as dançarinas?
Tagore: Quem poderia explicar melhor seriam os produtores do clipe.
Como foi trabalhar com o diretor Fabrício Koltermann e com a produtora gaúcha Toca Audiovisual?
Tagore: É sempre uma alegria, somos parceiros a quase 5 anos e em todos os projetos a troca foi fluida e sincera. O resultado incrível é fruto também dessa confiança e admiração mútua.
Além desse lançamento, existe mais algum projeto para este ano?
Tagore: Sim, lançaremos mais alguns singles e clipes, antes de entregar o álbum inteiro.
“Olho Dela” será lançado ainda esse mês. O que podemos esperar desse novo single?
Tagore: É uma faixa mais pulsante, bastante influenciada pela pegada tropical de Jorge Ben e sua tábua de esmeralda. Acredito que quem gostou de “Tatu” vai se conectar ainda mais com esse novo single
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Tagore: Gostaria de agradecer a todos que estão nos dando suporte nessa nova fase de sonoridade e estética que estamos apresentando, tudo é feito de coração, pra vocês.
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