Nascido e criado em um sítio no meio do agro, em uma cidade com pouco mais de 20 mil habitantes, Pedro Lavia cresceu em meio à simplicidade da vida rural — tirando leite de vaca, andando a cavalo e observando o mundo com um olhar curioso e sensível. Desde pequeno, via arte em tudo ao seu redor.
“Minha mãe dizia que eu encenava até para pedir pão”, relembra com carinho. E talvez ela já soubesse que o palco o esperava.
Mesmo com uma inclinação natural para as artes, Pedro passou boa parte da infância e adolescência reprimindo esse lado criativo, acreditando que seus talentos não tinham espaço na realidade em que vivia. Ainda assim, encontrou refúgio no teatro, na dança e na música — experiências que o ajudaram a se reconhecer como artista e a acreditar na possibilidade de transformar a arte em profissão.
Chegou a cursar dois semestres de medicina veterinária, em uma tentativa de se adequar às expectativas externas. Mas a vocação artística falou mais alto. Pedro trancou o curso e mergulhou de vez no universo criativo, encontrando na moda seu primeiro grande palco.
A passarela, que antes fazia parte apenas da imaginação, tornou-se realidade — e com ela vieram oportunidades, visibilidade e reconexão com sua essência. Agora, Pedro Lavia se prepara para um novo e promissor capítulo: a atuação.
“Viver da arte é, pra mim, um reencontro com quem eu sou de verdade”, afirma.
Pedro é a prova de que as raízes do interior podem gerar frutos imensos — e que, mesmo vindo de uma cidade pequena, um artista pode alcançar grandes palcos, desde que tenha coragem para sonhar.
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