Não é só à frente das câmeras do cinema norte-americano que alguns atores brasileiros se destacam. Uma jovem brasileira, baiana, nascida em Salvador e criada em Vitória da Conquista, vem se destacando bastante no cenário cinematográfico dos Estados Unidos, também como produtora de filmes.
Nicole Fahel tem 25 anos, e começou a carreira como atriz em 2013, em Salvador. Dois anos antes, havia feito intercâmbio sobre Shakespeare em Stratford, no Canadá. Em 2015 se mudou para Los Angeles, onde cursou atuação na New York Film Academy e em 2017 conseguiu o visto artístico para atuação e produção.
Começou a produzir curtas e iniciou o trabalho como produtora desenvolvendo diversos projetos. Produziu vários curtas premiados, que foram para festivais europeus como Summer with Alicia (2017), The Bus Stop (2018) e Daisy (2016), este que a levou para o Cannes Short Film Corner. Confira a entrevista e saiba um pouco mais sobre Nicole:
Você vem se destacando no cenário cinematográfico dos Estados Unidos e também como produtora de filmes. Como nasceu esse amor? Nos conte um pouco da sua trajetória até aqui.
Sempre tive muito interesse por cinema. Cresci fazendo artes, música, dança, mas só tive a oportunidade de conhecer mais o mundo do cinema e teatro quando fui pro Canadá. Depois disso não parei mais, fiz um tempo de teatro em Salvador e logo depois me mudei para Los Angeles. Lá, comecei na parte de atuação e depois fui me envolvendo com produção.
Começando sua carreira de atriz em 2013, você fez intercâmbio no Canadá, estudou atuação em Los Angeles e em 2017, conseguiu o visto artístico para atuação e produção. Entretanto, para chegar onde você está agora, provavelmente teve que passar por algumas dificuldades, assim como qualquer artista passa. Qual foi o maior dele? E qual dica você dá para quem deseja entrar na área?
Acho que uma das maiores foi com certeza estar longe de casa, ter me mudado sozinha, e estar procurando me inserir num mercado que é de certa forma complicado. Ter pessoas em que possa se apoiar acho que é fundamental, mesmo que estejam distantes fisicamente, para conseguir desabafar nos momentos mais difíceis. Além disso, acho que ter foco em coisas que queira alcançar e acreditar em si mesmo ajudam muito. Muitas pessoas vão tentar colocar o outro pra baixo pra se sentir melhor. Num curso que fiz, todo início de aula, a professora passava um exercício e tínhamos que repetir “sou bom o suficiente “, e pra mim, repetir isso e ter isso em mente nos dias mais difíceis, ajuda muito.
Alguns de seus curtas como Summer with Alicia (2017), The Bus Stop (2018) e Daisy (2016) foram bem importantes para você, tanto que um deste te levou para o Cannes Short Film Corner. O que esses trabalhos e tantos outros na qual você participou significam para você?
São todos super importantes. Cada um marca uma época na minha vida, uma descoberta e aprendizado. De alguma forma, sempre levo algo de cada projeto que faço pra minha vida.
O que as pessoas não sabem sobre Nicole Fahel e precisam saber?
Gosto muito de astrologia e de coisas meio místicas e também gosto de me expressar escrevendo poesias. Normalmente sou mais introvertida e adoro ficar em casa, com amigos, ler. Bem tranquila.
O que você pode nos revelar sobre seu primeiro longa-metragem ‘Bang Bang’?
É um filme sobre cinco adolescentes que decidem roubar um mercado, e quando o plano dá errado, eles sequestram o atendente do caixa. Com isso vamos vendo como cada adolescente lida com a situação e o quanto confiam um no outro. É uma história em que adolescentes ao redor do mundo conseguem se identificar, sobre adolescentes se descobrindo e descobrindo o que acham certo e/ou errado e criando suas próprias opiniões.
Em que momento da vida você viu que era hora de abrir o Pink Mango? E com tem sido produzir em sua própria produtora?
Sempre quis ter a oportunidade de contar histórias que realmente me interessassem. Então, logo que comecei a produção do Bang! Bang!, decidi abrir. Atualmente, estou começando a desenvolver alguns roteiros e conversar com possíveis parceiros, e tem sido uma experiência muito legal.
O que podemos esperar de Passage to America, The Future e Bricks, Concrete and Steel que conta com o produtor e engenheiro americano Dilip Khatri?
Os três são documentários. The Future e Bricks, Concrete and Steel falam sobre engenharia / arquitetura e construções importantes ao redor do mundo. Já o Passage to America, é um documentário sobre imigrantes que foram para os Estados Unidos, em especial, os pais do Dilip, que eram da Índia.
O que te atrai mais, o trabalho como atriz, a de produtora ou um pode complementar o outro de algum modo?
Acho que os dois são bem diferentes, mas pra mim, de certa forma, se completam. Um é mais racional, e o outro lida mais com a emoção, então acho que posso expressar um lado diferente meu em cada área.
Em pós produção, você é Associate Producer no longa metragem americano On Our Way, que tem no elenco o consagrado ator irlandês, Liam Neeson. O que podemos esperar desse trabalho em especial?
É um filme bem artístico e tem uma historia que acho linda, sobre um cineasta perturbado que está fazendo o seu primeiro filme, quando ele conhece sua ‘musa’, ele tenta lidar com os traumas do seu passado. É um filme sobre amor e superação.
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