Se relacionar com alguém requer muitos poréns, assim como manter essa relação acessa. Em meio a pandemia, alguns relacionamentos acabam por entrar na monotonia, algo que é inaceitável para um casal. Pensando nisso, decidimos conversar com o Mestre em Psicanálise clínica e escritor, Maurício Sita.
O doutor tem também formação em Neurofisiologia da Meditação, Ciências Jurídicas e Sociais e Filosofia. É presidente da Literare Books International. Autor dos livros “Como levar um homem à loucura na cama” best-seller na 8ª edição, “Vida amorosa 100 monotonia”, “O que Freud não explicou”, A Casa dos Desejos” “Neomindfulness®” e “As grandes lições de Steve Jobs” (no prelo).
É coautor de diversos livros e coordenador editorial de mais de 100 livros. Criou há mais de quinze anos o Neomindfulness®, um método de relaxamento e meditação que está dentro do conceito mais moderno da meditação que é o Mindfulness-Based Stress Reduction que teve como mentor Jon Kabat-Zinn. Ele foi o criador e diretor da Stress Reduction Clinic, no Centro Médico da Universidade do Massachusetts. Confira a entrevista:
Você escreveu alguns livros, dentre eles “Como levar um homem à loucura na cama”. Diante disto, quais são os erros mais comuns que o senhor já analisou na hora que um casal vai praticar o ato?
O mais comum é os casais não se preocuparem com as preliminares, sejam as realizadas antes dos encontros, pois comumente não se curtem previamente por mensagens e até telefonemas, e seja ao se encontrarem. Os abraços são escassos e aqueles beijos matadores, que são um recado de que algo de bom está por vir, ficaram em segundo plano. A falta de envolvimento inicial e das longas preliminares é fatal para o sexo.
A pandemia tem tornado a vida dos casais ainda mais monótona do que antes. Como o senhor escreveu “Vida amorosa 100 monotonia”, acredita que seu livro possa trazer uma iluminação na vida desses casais em tempo de isolamento?
A monotonia acaba com qualquer relacionamento e isso é potencializado no amor. Ambos têm de preocupar em evitar a monotonia. Meu livro dá 100 dicas para os casais terem uma vida criativa, caliente e mais feliz.
O senhor criou há mais de quinze anos o Neomindfulness®. Como funciona esse método de relaxamento?
O NeoMindfulness tem base científica e é ótimo para nós, ocidentais, pois não exige aquelas posições difíceis como as de lótus etc. O praticante do Neomindfulness não canta mantras e nem se fixa em mandalas ou pontinhos na parede. Entendo que sentindo dor ninguém medita. Meu método é praticado sentado ou deitado. Outra vantagem do meu método é que o praticante vai condicionando a mente e depois de um tempo vai conseguir meditar mesmo em dias de muita excitação ou estresse.
No início do programa BBB21, foi lançado a pauta sobre “Amor à primeira vista” onde a participante Juliette se apaixonou pelo cantor Fiuk. Como Mestre em Psicanálise, poderia nos explicar um pouco como funciona esse chamado amor à primeira vista? Ele realmente existe?
Os americanos usam a expressão “ring the bell”. Uma grande atração ocorre à primeira vista quando “o sino toca”. Há uma química que se estabelece de imediato e uma grande atração física. Isso pode se transformar em paixão e em amor, mas não se trata de amor à primeira vista. Quando falo em química me refiro ao contato visual, aos cheiros, aos famosos feromônios, que despertam o interesse sexual. Quem já viu uma cachorra no cio e meia dúzia de cães a rodeando sabe que eles estão ali por causa do cheiro que ela exala e não porque estejam todos apaixonados por ela.
Tendo escrito diversos livros, você acredita que o seu público, no geral, tem captado a mensagem principal que é passada através deles?
Mesmo nos livros sobre sexo passo sempre a mensagem da importância de buscarmos uma melhor qualidade de vida. No meu livro “Como levar um homem à loucura na cama” a grande beneficiada é a mulher. Dá a impressão de que é um livro machista, mas na verdade, dentro daquela lei de que “é dando que se recebe”, a mulher que se preocupa com sexo de melhor qualidade acaba recebendo muito mais do parceiro. Isso contribui para a qualidade de vida de ambos e se reflete nos relacionamentos em todos os níveis.
Como funciona a análise de pessoas que não acreditam em nenhum tipo de método de relaxamento ou qualquer tipo de terapia que trata questões comportamentais e de relacionamento social?
Não funciona. O ponto primordial é que a pessoa tenha consciência de que algo de errado está acontecendo com ela, e que não consegue resolver. Há os céticos que não acreditam nas terapias para resolvem os problemas apontados. Esses serão os eternos problemáticos, amargos e infelizes que todos conhecemos.
Presidente da editora Literare Books International, como o senhor avalia a participação da literatura na ciência que cerca o mundo da meditação e dos relacionamentos?
A literatura é farta e de boa qualidade. As pessoas estão cada vez mais buscando qualidade de vida e por isso estão lendo mais. No mundo todo há um crescimento na venda de livros impressos e digitais. O ser humano tem ficado mais preocupado com a qualidade do que come, da água que bebe e do ar que respira. A ciência tem conseguido progressos a ponto de contribuir para o aumento da longevidade. Hoje vivemos o dobro do que há 100 anos.
Além dos livros de ciência, o senhor também lançou uma análise que se tratava das lições do fundador da Apple, Steve Jobs. Como era a sua aproximação com a história de vida do empresário e qual você considera a sua representatividade no universo comercial e pessoal atualmente?
Steve Jobs mudou o mundo e tem gente que não se dá conta disso. Com os produtos criados por ele o mundo da música mudou totalmente. Quase ninguém ouve música em CDs. Ele criou o smartphones. Muita gente nem tem mais telefone fixo. E quem não tem um smartphone não tem acesso à internet. Há outras coisas importantes que fazem parte do nosso dia a dia que foram criadas por ele e nem nos damos conta. Ele é tão importante que há dezenas de livros a seu respeito. Não escrevi apenas mais um livro sobre ele. Trato das suas grandes lições que estão válidas até hoje e assim continuarão a influenciar nossas vidas. Pessoalmente é melhor não me aprofundar na resposta, pois há menos coisas positivas.
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