O cantor Leo Floris é o novo nome da música independente fluminense. O artista e produtor cultural de São Gonçalo lança, no dia 08 de outubro, o EP “Elusivo” (2021). O trabalho, que marca sua estreia no mercado musical, estará disponível em seu canal no YouTube e nas principais plataformas digitais de música.
O EP, composto por quatro faixas, traça um passeio sensorial por sentimentos de escapismo, aceitação e transcendência. Numa busca idealista por algo íntimo e sincero, que não se quer deixar abalar pelas flutuações do mundo lá fora, Leo Floris exprime uma doçura complexa de realidades caóticas.
Esse caminho foi influenciado por artistas como The Kills e King Krule e gêneros como o Lofi Hip Hop e o Bedroom Pop. Leo Floris compôs e produziu as canções, que foram gravadas e mixadas pelo próprio artista, em sua casa. A masterização foi feita pelo músico Philip Sanchez, que também é produtor fonográfico na FluxRoom, estúdio de música e coletivo de produção cultural localizado em Campo Grande, bairro da Zona Oeste carioca. A lógica caseira e virtual da produção rendeu uma colaboração à distância com a artista estadunidense Katya Pearl, que participou da faixa “Ink”. A fotografia da capa é de Pamella Kastrup. Confira a entrevista:
Novo nome da música independente, você vem lançando seu novo EP que traz um misto de sentimentos como escapismo, aceitação e transcendência. Quais têm sido os sentimentos existentes dentro de você diante desse novo projeto que floresceu esse mês?
O sentimento que prevalece é um tipo de satisfação, um tipo de completude. Passei muito tempo lapidando cuidadosamente esse trabalho, para ter certeza que saísse da forma que eu realmente queria. Ter ele no mundo me faz sentir satisfeito e até um pouco aliviado. (risos)
Sendo um artista independente, quais são as maiores dificuldades que você encontra no meio?
Acho que a dificuldade mais presente é a incerteza. Sem grandes estruturas de marketing, booking e afins, é sempre difícil prever o quanto de público a gente vai atingir e quantos espaços conseguiremos ocupar. Os planos do artista independente precisam saber no seu bolso, o que é sempre algo delicado.
Para quem ainda não escutou, o que podemos esperar desse EP composto por quatro faixas que traça um passeio sensorial?
Do feedback que tenho recebido das pessoas, elas geralmente falam do quanto o EP soa como algo íntimo e próximo ao ouvinte. Faz sentido pra mim. Gravei e produzi tudo em casa e as músicas que entraram acabaram todas tendo uma atmosfera mais intimista mesmo, inclusive nas letras. Acho que o EP oferece uma boa trilha sonora para momentos de desaceleração.
Apesar de ter iniciado há pouco tempo, você já deve ter em mente um pouco sobre que tipo de artista quer ser. Como você determina as suas músicas e como você determina a si como músico?
Sincero é uma boa palavra. Pelo menos é o que tento ser. Minhas letras não são tão autobiográficas assim, mas, em um sentido mais amplo, acho que o que mais busco no meu trabalho artístico é a sinceridade. Fazer uma música que eu realmente estou interessado em fazer no momento, tentando não me abalar tanto pelas tendências ou coisas do tipo.
O EP “Elusivo” disponibilizado nas plataformas está sendo o início de sua carreira no cenário musical. O que passa em seus pensamentos ao se arriscar pela primeira vez no cenário artístico?
Acho que o principal é a vontade de compartilhar a música e chegar até as pessoas, principalmente aquelas que gostam desse tipo de trabalho e, se conhecerem, vão querer acompanhar. Que essas músicas possam acrescentar algo de valor pras pessoas e, quem sabe, fazer parte de seu dia a dia.
Como foram os seus primeiros contatos com a música?
Lembro de ter um saxofone de brinquedo quando criança e supostamente tirar algumas músicas nele (risos). Sempre me interessei por música e outras linguagens artísticas. Na adolescência comecei a tocar violão e logo depois guitarra. Nisso, me perdi nesse mundo da música e não saí mais. Ainda bem.
Como definiria seu estilo musical?
Tenho dificuldade com isso, mas acho isso bom até. Sempre achei que esse primeiro EP fosse ser algo com uma cara de indie rock, mas outras influências foram ganhando espaço (como o trip hop, o lofi, o bedroom pop, o jazz) e hoje não sei mais dizer. Acho que “Alternativo” é um bom rótulo. Até porque, no fundo, ele não significa muita coisa (risos).
O que podemos esperar de Leo Floris no futuro?
O que eu pretendo é fazer mais. Continuar lançando músicas, tocar ao vivo quando for viável e seguro, continuar construindo novos trabalhos. Se serão singles, EPs, discos, o tempo dirá. Mas certamente tem mais de onde esse primeiro EP veio.
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