Estamos vivendo no século XXI em plena geração tecnológica. Uma verdadeira mistura de pessoas que vieram e já estavam aqui antes desses pequenos celulares chegarem as nossas mãos, e os que nasceram agora e estão já no berço, tendo seus nascimentos anunciados e registrados pelas redes sociais, onde a feliz notícia pode chegar aos olhares de bilhões de pessoas.
Dentre todas essas novidades, é sempre importante que os responsáveis estejam se virando para conseguir monitorar os avanços do mundo proporcionar mais segurança com seus filhos, seja no dia a dia, no mundo virtual e físico, e principalmente em como essas novidades podem afetar suas vidas. Percebendo a existência de tais dificuldades, a mãe e hoje influenciadora, Layse Cohen, percebeu que com o aumento da pesquisa sobre esses assuntos e a grande comunidade de pais que se interessavam em buscar conselhos, acabou incluindo a criação de seus filhos junto a gama de assuntos que já demonstrava em suas redes sociais.
Sempre com muito cuidado ao expor sua família e sua imagem nas redes sociais, Layse também deseja passar esse mesmo senso de responsabilidade desde cedo para as crianças e mostrar como se pode conviver em harmonia e usar esses avanços do mundo para o bem. Venha conhecer um pouco mais dessa história!
O seu conteúdo atualmente nas redes sociais mistura diversos assuntos que vão desde a sua maternidade até saúde, beleza e lifestyle. A partir de qual momento você enxergou que poderia começar a transformar o seu cotidiano em um trabalho realmente?
Eu realmente mesclo vários conteúdos. Vou mostrando minha rotina de beleza, maternidade e os cuidados com a saúde e vida saudável. Eu não tenho faculdade para aprender como ser digital influencer, percebi que dava para mostrar minha rotina porque no início, eu comecei mostrando com meus filhos que era uma coisa bem pessoal, pois já que moro longe da família, eu queria mostrar, colocar os vídeos das crianças no dia a dia, e muita gente começou a se interessar.
Eu continuei já que as pessoas começaram a se interessar e também a pedirem indicações, fazer várias perguntas sobre os gêmeos, indicações de salão de clínica e de estética… Aí, eu percebi que isso poderia virar um trabalho, e eu comecei a fazer realmente indicações e mostrar tudo.
Durante a criação de seus gêmeos, você já demonstrou muitas preocupações, seja ela com o compartilhamento de alimentos e o cuidado com a exposição das crianças nas telas. Quais motivos acredita que se deva o sucesso desse conteúdo e como auxilia os pais através de suas postagens?
Então, na verdade, eu tento mostrar aquilo que eu já passei dificuldade e que penso que os pais possam também está sentindo. Normalmente, eu respondo muitas perguntas e dúvidas dos pais na caixinha de perguntas, muita gente também me manda direct, aí eu vou tirando algumas dúvidas. Na verdade, eu não sou profissional, eu mostro o que eu vivo o que aconteceu comigo, e eu tento auxiliar através dessa forma, do que eu já passei. Realmente, eu falo de muitas preocupações — compartilhamento de alimentos, até entre eles, eu já não gosto muito, principalmente quando eles estão doentes e encontram as crianças, é mais complicado ainda.
Quando não estão doentes tudo bem. A pandemia também passou, mas a exposição na tela também, celular e televisão, eu controlo muito. A exposição deles também, muita gente me pergunta se eu não fico preocupada em expor muito eles, seu o marido não reclama (sim, meu marido reclama um pouco), mas eu acabo limitando muito. Quando eles não querem aparecer, eu respeito, e eu não os boto de maneira alguma, não exponho de maneira vexatória e de qualquer maneira que eu penso que não vai ser legal.
No mundo atual onde vivemos, munidos da tecnologia e dos meios de comunicação de massa, inclusive, se torna essencial aos pais que possamos manter esse network de informações nas redes sociais? Quais são os prós e os contras das informações que compartilhamos?
No mundo atual é quase impossível viver sem as redes sociais. Muita gente não tem, mais observa, não compartilha nada, mas observa pelas redes sociais. Hoje em dia, até uma loja que tenha algo que você queira comprar, você tem que olhar nas redes sociais. Então, elas são bem essenciais, mas nós temos que filtrar bastante o que nós vemos e o que vale a pena — quem nós seguimos, se aquilo está fazendo mal para gente, porque realmente a depressão ou o conteúdo que nós vemos faz muita diferença.
Têm muita gente que está ficando mal, porque acaba absorvendo muito conteúdo que deixa aquela pessoa começar a se comparar, começa a pensar que “meu corpo não está bom”, vê outras pessoas só curtindo viagens a toda hora, mostrando que está com muito dinheiro ostentando, e a pessoa começa a se comparar demais, então realmente tem que filtrar muito o conteúdo que você consome.
Foi recentemente divulgada uma pesquisa pela Revista Crescer em que mostra que o tempo médio que uma criança a partir de sete anos gasta nas telas diariamente fosse às cinco horas e os adolescentes chegassem a ultrapassar mais de sete horas. Na sua opinião e experiência de relacionamento, diria que a tecnologia poderia ser considerada essencialmente uma inimiga da criação dos filhos, ou existem formas de se contorná-la?
Então, meus filhos não ficam esse tempo todo na rede social não. Na tela, tanto televisão quanto no computador ou no celular, eu restrinjo muito. Eles ficam muito pouco, ainda mais durante a semana. Eu acredito que dá sim para você restringir isso e tem que ser desde novo.
Eu penso que após mais velho é muito mais difícil, então, você tem que educar desde novo, mostrar que aqui não é legal, que a brincadeira manual, a brincadeira entre indivíduos, entre os pais, entre e os irmãos é muito mais importante do que assistir vídeos de crianças brincando ou qualquer vídeo. Tem criança que gosta de assistir vídeos de pessoas jogando videogame, quando é muito melhor ele jogar ali o videogame. Então eu acredito que dá para restringir sim, e isso tem que vir desde novo.
Apesar de pisarmos muito no pé da televisão, muitos pais da nova geração acabam recorrendo por conta própria aos jogos eletrônicos e aos vídeos como uma forma de distrair a atenção das crianças para poderem ter um tempo para si mesmos, tais exemplos podem ser notados com o constante crescimento da produção audiovisual voltada para o gênero infantil. Nesse caso, os pais também devem ter seus hábitos adaptados para não prejudicarem a evolução dos filhos?
Realmente, os pais têm que ter tempo, ou então tem que dar um jeito de ter uma rede de apoio ou colocar numa escola integral, o que os pais que precisarem, por o tempo ser o maior aliado dos responsáveis para educar os filhos. O pai que não tem tempo, que não conseguem educar os filhos, realmente é muito complicado e vai fazer diferença no futuro. Eu acredito que os pais têm que dar essa educação, porque se não aprender em casa, vai aprender muito pior na rua, então, esse essa coisa de “vou deixar os filhos assistindo televisão ou no celular para eu fazer minhas coisas”, acredito que realmente não dá certo e não vale a pena.
Falando em entretenimento, uma coisa que tem se falado muito, é das influências que a programação — tanto audiovisual como jogos — que podem realmente ou não ser adequada à faixa etária das crianças. Como você costuma fazer essa seleção de conteúdo para seus filhos e até onde essas restrições podem ir sem ficarem “excessivas” as crianças?
Eu não sou uma profissional da área, eu não sei realmente o que está restrito a qualidade, mas acho que a gente tem que ir observando e vendo o conteúdo para ver se está apropriado para idade do seu filho. Tem que ser observado de perto pelos pais e ir selecionando, porque tem muita coisa por aí que às vezes a classificação tá na idade certa, mas que não compensa, não é o jeito que você quer educar o seu filho, então tem que estar sempre observando.
Como mãe de filhos pequenos, você acredita que as novas gerações de pais tem se tornado mais focada nessas questões de controles parentais, no caso de preocupação com conteúdos, critérios de adequação, entre outros parâmetros?
Com certeza! Hoje a preocupação é muito maior dos pais para com os conteúdos que os filhos consomem, porque antigamente não tinha ‘internet’, eles não tinham tanto acesso a outros conteúdos. Atualmente, a preocupação está grande, porque desde criança, eles já querem ter suas redes sociais e o perigo está cada vez maior, então eu penso que a geração de hoje tem que se preocupar muito com isso, com ‘internet’ e com o que eles têm acesso, porque tudo mudou.
Como a maternidade mudou a sua vida?
A maternidade muda à vida de todo mundo, não tem jeito. Nós temos que nos adaptar, amadurecer. Não vivemos para gente, vivemos para os nossos filhos. Lógico que nunca podemos deixar de nos cuidar, não podemos nos largar, porque se a gente não estiver bem, também não conseguiremos cuidar dos filhos. A vida muda totalmente, cansamos, porém, a felicidade é maior, e hoje em dia, eu não consigo viver mais sem eles.
Então, a felicidade que temos é muito maior e a minha vida seria vazia, eu não consigo nem me imaginar mais sem ter eles. Ela muda, mas muda para melhor. Eu era uma pessoa que não tinha grandes preocupações, sempre me chamavam “filhinha de papai” e que eu nunca iria dar conta, sendo que assim que casei, fui morar longe da minha família, e mais tarde ainda tive filhos gêmeos. Então, a minha vida mudou completamente, as responsabilidades e dei conta sim, graças a Deus! Consegui morar longe e ainda dar conta dos gêmeos. Mudei como pessoa e valeu muito a pena.
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