Em uma imersão musical sensível e introspectiva, a cantora Carol Castro lança seu mais recente single, “on my own”, trazendo à tona os sentimentos de amores não correspondidos e do medo da solidão. Combinando um loop de guitarra cativante com uma letra profundamente emotiva, a faixa evoca a melancolia de momentos solitários à beira-mar, criando uma atmosfera íntima e reflexiva.
Filmado durante uma viagem solo pelo Nordeste brasileiro, o videoclipe captura o crescimento pessoal da artista e reflete sua busca por autodescoberta. Carol revela que a composição da música, escrita em 2017, marcou uma fase intensa de sentimentos conflitantes, que ressoam até hoje em seu trabalho.
“On my own” também simboliza o início de uma nova fase na carreira da cantora, onde ela pretende explorar temas profundos da adolescência e criar uma conexão emocional genuína com o público. Para Carol, esse novo capítulo é uma oportunidade de abraçar sua evolução artística e sentimental, oferecendo músicas autênticas e impactantes.
Além do single, a cantora prepara um EP que reúne canções escritas entre 2015 e 2018, refletindo sobre o coração partido, a rejeição e o poder transformador da solitude. Com essa nova etapa, Carol Castro pretende consolidar seu espaço no cenário musical, trazendo histórias emocionais e intimistas para o público. Confira a entrevista completa:
“On my own” aborda temas de amor não correspondido e solidão. Como foi o processo de compor essa música e de onde vieram as inspirações para a letra?
A inspiração veio de um velho clichê: o amor não correspondido entre eu e um colega de classe. Como eu era muito jovem, na adolescência, sem saber como lidar com sentimentos e, muito menos, com a rejeição, apesar dos diversos sinais de que ele “não estava tão na minha”, eu ainda criava possibilidades esperançosas de que, um dia, talvez, ele mudasse de ideia e passasse a me amar também. Nesse cenário, nos piores dias, quando a minha esperança diminuía e eu realmente lidava com a tristeza do amor não correspondido, as músicas surgiam. As letras eram um desabafo para consolar meu coração.
O videoclipe de “On my own” foi gravado durante sua viagem pelo Nordeste do Brasil. Como essa jornada influenciou a criação visual da música?
É interessante pensar que, quando saí para a viagem, ainda não tinha a capa oficial da música. Tinha apenas algumas ideias e também a intenção de gravar o clipe. Sabia que, por estar viajando sozinha, não teria muito apoio para a gravação, então pensei em fazer algo mais caseiro, que capturasse minha essência e, principalmente, essa jornada “por conta própria”. Meu crescimento pessoal e artístico durante a viagem foi tão grande que as coisas vieram naturalmente. A capa, por exemplo, foi tirada por uma pessoa desconhecida em um dia em que fui tocar na praia principal de Porto de Galinhas, e o universo abençoou a tarde com um lindo arco-íris. Completamente sozinha, viajando e correndo atrás do sonho da música, assim que vi essa foto, soube que ela tinha que ser a capa.
Você menciona que a canção foi escrita durante uma fase de intensa autodescoberta em 2017. Como esses sentimentos evoluíram desde então e como isso se reflete no single?
É até estranho ver o quanto meus sentimentos e minha maturidade para lidar com eles evoluíram drasticamente. Eu sou uma pessoa que se entrega muito fácil, nem sempre para as pessoas certas. Foram sete anos de muitos corações partidos; quebrei a cara inúmeras vezes. Já aprendi a metabolizar melhor as rejeições, sei que as coisas que são para ser são leves, sem desgaste e sem precisar forçar. Vendo a letra de “On my own”, penso: “Coitada, sofria demais e por alguém que não merecia um pingo de consideração!”. No clipe e na divulgação da música, tento focar mais na jornada de autodescoberta (que foi gigantesca no meu mochilão), mostrando que, no fim do dia, não há nada mais libertador do que estar por conta própria.
Trabalhar novamente com o produtor u7zi deve ter sido especial. Como foi essa parceria na criação de “On my own” em comparação ao single anterior, “Fool Out of Me”?
Eu e o u7zi clicamos desde o primeiro momento em que começamos a trabalhar juntos. Ele tem ideias muito boas, que expandem meu jeito de olhar para essas músicas, que originalmente foram compostas só com voz e violão. Foi ele quem teve a ideia da guitarra em looping, fez as linhas de baixo que estão sensacionais e também toda a produção, mixagem e masterização. Foi mais uma parceria muito boa!
A sonoridade de “On my own” tem uma leveza que contrasta com a melancolia da letra. Como você conseguiu equilibrar esses elementos para criar uma atmosfera única?
Apesar de melancólica, “On my own” também tem um certo teor de raiva, uma frustração que chega ao ápice no refrão. Nunca pensei nela para ser uma música calma e triste, como é o caso do meu outro single, “Come Back to You”, que foi literalmente feito para chorar ouvindo. Queria algo que permitisse às pessoas cantarem e gritarem juntas, para conseguirem tirar toda a frustração do amor não correspondido de dentro delas!
Este single marca o início de uma nova fase na sua carreira. O que podemos esperar dessa nova etapa e dos próximos lançamentos?
Essa nova etapa será bem diversificada. Pretendo experimentar novas sonoridades e ritmos em composições mais recentes, algumas inclusive em português, e consolidar também o capítulo das músicas mais antigas.
Você mencionou que o EP que está desenvolvendo inclui músicas escritas entre 2015 e 2018. Como você vê sua evolução como artista desde esse período até hoje?
É uma evolução tremenda. Hoje em dia, vejo que o perfeccionismo é um atraso na vida do artista; nos privamos de expor nossa arte ao mundo até termos o produto “perfeito”. Acontece que essa perfeição inalcançável nunca chega, e rascunhos quase perfeitos são guardados e nunca mostrados ao mundo. Sempre tive bloqueios artísticos; não achava o que fazia bom o suficiente, tinha medo de não gostarem do que eu fazia e, por consequência, muitas músicas minhas ficaram guardadas em gavetas por muito tempo. Eu tinha o sonho de mostrá-las ao mundo, mas não aceitava nenhum defeito e receava as críticas. Me sinto orgulhosa de já ter conseguido derrubar vários bloqueios que me limitavam, conseguindo trazer várias músicas para o mundo e espalhar minha arte por onde vou. Durante o mochilão, por exemplo, peguei um violão emprestado de uma hóspede do hostel onde estava ficando e ia ao centro tocar à tarde e à noite, com um sorriso no rosto e um chapéu virado, almejando tocar algumas pessoas com meu som!
A sua música explora sentimentos intensos, especialmente os relacionados à adolescência. Como você equilibra a profundidade emocional com a acessibilidade do pop?
A letra da música é literalmente os meus sentimentos mais crus e profundos daquele momento. Minhas músicas não têm palavras refinadas nem trocadilhos. Eu quero que as pessoas escutem meu som e se identifiquem de cara, pensando: “Eu já me senti assim” ou “Eu já estive nessa situação”.
Além da música, o que mais tem influenciado sua arte e suas criações ultimamente?
Uma característica inerente à minha música é a paixão avassaladora e a consequente desilusão. Agora estou focando principalmente em produzir minhas músicas já escritas e em estudar canto, teoria musical e composição, para que eu seja uma artista cada vez melhor!
Como você espera que seus fãs se conectem com “on my own” e o próximo EP? Há uma mensagem específica que você gostaria de transmitir com esse trabalho?
Com “On my own”, além de querer que as pessoas se identifiquem com a letra melancólica e o medo de ser deixado para trás, também quero mostrar que há outra forma de ver essa situação: estar sozinho não é uma coisa ruim, estar por conta própria é muito libertador, e os momentos de solitude são importantes para nosso crescimento pessoal. Muitos viajantes que conheci durante o mochilão se identificaram com a música e com outros conteúdos de divulgação que venho fazendo. Outras músicas do EP abordarão também a melancolia que vem com o sentimento de rejeição, com sonoridades mais calmas e tristes.
Assista o videoclipe de “on my own” no Youtube
Tiktok: carolcastromusic
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