O isolamento social fez com que o interesse dos brasileiros em cursos online crescesse. De acordo com uma pesquisa realizada pela NZN Intelligence, feita com mais de 1,7 mil pessoas, 40% dos entrevistados entre 18 e 34 anos pensam em se inscrever em cursos online.
Muitos estão os procurando por hobby, para aprimorar um idioma, ou mesmo para realizar o sonho de se tornar um empreendedor, como é o caso do Hugo Botelho, de 34 anos. Natural de Resende, cidade do Rio de Janeiro, que fica no sul do estado, o empresário decidiu colocar em prática um desejo antigo: ter sua própria marca de cachaça.
“Comecei a beber com 19 anos e confesso que nunca curti muito cerveja, sempre gostei mais dos destilados e bebidas mais doces, com isso aprendi a fazer alguns drinks e fui me interessando cada vez mais pela cachaça, tanto que a caipirinha passou a ser meu drink favorito”, explica Botelho. Formado em Logística e pós-graduado em Gerenciamento de Projetos, o empresário trabalha em uma multinacional sul-coreana desde 2014.
Entretenimento levado a sério
Embora trabalhe na área de Planejamento e Controle de Produção, a ideia de ter seu próprio sítio com um local para pescar e ter sua própria cachaça foi crescendo na mesma intensidade que sua paixão pela bebida, porém, ele sabia que o custo para produzi-las seria muito elevado. “Com o isolamento, tive mais tempo de pesquisar sobre o assunto na internet e acabei me deparando com um anúncio dizendo que era possível ter sua própria marca de cachaça sem gastar muito”, diz Botelho.
O curso em questão era o “Lucrando com Bebidas”, o único do Brasil que ensina o passo-a-passo de como criar a própria marca de destilados, seja cachaça, whisky, gin, vodka ou rum, com baixo investimento e sem a necessidade de possuir uma destilaria. O curso é ministrado pelo professor Leandro Dias, especialista em bebidas destiladas e criador da Middas Cachaça, a única com flocos de ouro no mundo. Segundo Dias, a procura pelo curso registrou um aumento de 50% durante esse período.
Hugo não teve dúvidas, decidiu se inscrever no curso para conseguir uma renda extra e ainda aprimorar seus conhecimentos sobre cachaça. “Minha produção é terceirizada, comecei com um lote pequeno e em junho consegui vender 65% das garrafas. Creio que por muitos estarem optando, nesse momento, por comprar do pequeno empresário e valorizando o comerciante local, isso acabou me ajudando”, ressalta o empresário.
O objetivo é seguir adiante com seu sonho, e, para tanto, Hugo pretende investir no comércio online. “Decidi batizar a cachaça com o nome Botelho, pois é uma maneira de homenagear minha família e mostrar que valorizo minha origem”, finaliza o empresário.
Descubra mais sobre Andrezza Barros
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.