Estive pensando durante esses dias de tensão na Rússia e Ucrânia em como o ser humano pode ser tão cruel ao ponto de ver uma situação política como mais importante do que as vidas que vivem em um determinado país.
É como uma frase que escutei há algum tempo atrás, as pessoas que começam a guerra nunca estão de fato na guerra, elas apenas querem ver guerra.
E isso é verdade, quem realmente está na linha de frente da guerra não são as pessoas que querem estar ali, só estão por obrigação ao seu país. Enquanto os que de fato querem a guerra, só as vêem de longe, sem qualquer risco de vida como os outros. E isso torna a guerra ainda mais doentia.
Tenho a noção de que o mundo ideal nunca existiu e nem vai, mas, diante tantas possibilidades, em pleno século 21 onde tudo progrediu ou ao menos deveria ser assim, ser levado a regredir a esse nível é no mínimo cruel. Era de se acreditar que as pessoas evoluíram e teriam a noção que a palavra vale bem mais do que a força, mas não é exatamente assim que se vê.
Nem mesmo o fato de termos passado — e ainda estarmos passando — por uma pandemia que até o momento que escrevo esse texto já matou mais de 5,92 milhões de vidas, as pessoas notem que a paz importa sim, e que a ganância e soberba matam. E o pior é que elas estão matando, é só ler os noticiários.
Sempre tive muita esperança no ser humano, mas, será que há no que ter esperança hoje em dia? Depois de 77 anos, haverá uma nova desgraça mundial? Eu não sei, vocês provavelmente também não, e é essa sensação de não saber de fato o que irá acontecer que faz com que a gente se pergunte: Como é possível acreditar e ter esperança em dias sombrios?
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