Uso de tecnologia digital avança nas escolas, mas impacto depende de integração pedagógica, indica OECD

Por Andrezza Barros • 13 out 2025
Uso de tecnologia digital avança nas escolas, mas impacto depende de integração pedagógica, indica OECD

As tecnologias digitais estão cada vez mais presentes na educação, mas seu impacto sobre a aprendizagem varia conforme a forma como são aplicadas. Um relatório da OECD publicado em 2025 mostra que computadores, jogos, plataformas e inteligência artificial podem trazer benefícios relevantes, mas apenas quando há integração pedagógica, preparo docente e alinhamento ao currículo. Sem isso, prevalecem riscos como distrações, sobrecarga cognitiva e desigualdade no acesso.

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A análise reúne evidências em diferentes áreas. Em matemática, por exemplo, programação e robótica favorecem o raciocínio lógico e a criatividade, enquanto softwares de geometria ajudam na compreensão visual. Em ciências, realidade aumentada e laboratórios virtuais ampliam a experiência prática e o entendimento de conceitos complexos. Já na leitura e escrita, ferramentas digitais interativas e a produção de mídia contribuem para a alfabetização e o vocabulário. Em todos os casos, os estudos reforçam que a presença de professores preparados é o que determina se a tecnologia se traduz em aprendizagem efetiva. 

Outro ponto destacado é que o futuro da educação digital passa por três eixos: literacia digital (capacidade crítica de usar tecnologia), personalização mediada por IA e equilíbrio entre práticas online e offline. A OECD ressalta que a formação contínua de professores e o desenho intencional das atividades são essenciais para que os recursos digitais não sejam apenas acessíveis, mas de fato eficazes. 

Entre as plataformas que aplicam esse modelo está o TutorMundi, uma plataforma de monitoria online que reúne aulas particulares, plantões de dúvida, orientação de estudo e correção de redações. A tecnologia atua nos bastidores, fazendo a triagem e conectando alunos a tutores. Nas aulas particulares, o atendimento é sempre feito por tutores humanos, que podem interagir com os alunos por chat ou voz e utilizar um quadro digital interativo para resolver exercícios, desenhar esquemas e visualizar conceitos em tempo real. No plantão de dúvidas, quem responde primeiro é o Teco, chatbot da plataforma, mas as respostas passam por aprovação de tutores antes de chegar ao aluno. Já na correção de redações, a análise é feita pela inteligência artificial, que oferece feedback imediato. Para escolas, a plataforma gera relatórios pedagógicos que mostram padrões de dúvidas e áreas em que os alunos precisam de reforço, ajudando gestores e professores a tomarem decisões curriculares de forma mais assertiva. Só em 2024, o TutorMundi registrou mais de 47 mil horas de monitoria, com mais de 1 milhão de atendimentos educacionais acumulados desde sua criação. Os dados da plataforma evidenciam a busca crescente de escolas por reforço personalizado em Matemática, Ciências e Redação, e mostram como o uso combinado de IA e tutoria humana tem fortalecido a aprendizagem em ambientes híbridos.

Segundo Rapha Coe, CEO do TutorMundi, “a tecnologia amplia o alcance, mas é a interação humana que direciona o aprendizado. Por isso acreditamos na combinação entre IA e tutoria personalizada, que torna o apoio educacional mais inclusivo e efetivo”.

As conclusões da OECD reforçam que a discussão sobre inovação na educação deve ir além da distribuição de dispositivos. O desafio está em desenhar estratégias pedagógicas que combinem ferramentas digitais, acompanhamento humano e equidade de acesso. Experiências como a do TutorMundi mostram que essa integração já está em andamento e pode orientar modelos híbridos de aprendizagem em escala global.

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