Lembrada pelos seus personagens na novela “A Dona do Pedaço” e na série “Rua Augusta” da HBO, a atriz Glamour Garcia teve um papel importantíssimo durante o carnaval carioca na semana passada. Carnavalesca de carteirinha, ela retornou após dois anos sem o evento, e assumiu seu posto como musa do Camarote Heaven na Sapucaí.
Essa foi a primeira edição do carnaval carioca desde o começo da pandemia em 2020, onde Garcia desfilou representando a cantora Carmen Miranda. Durante entrevista exclusiva a coluna, a atriz fala sobre sua opinião a respeito da importância cultural do carnaval brasileiro, além de contar sobre sua experiência nessa última edição. Confira a entrevista!
Esse ano, você além de se destacar como artista ganhou outra posição – a de musa de camarote. Como foi a experiência de ter vivido esse momento nesse ano?
A experiência no Camarote Heaven foi maravilhosa! Fui musa e é o camarote da própria Boate Heaven, e eu queria muito agradecer a todos os meninos da equipe, as meninas, que foram uma equipe super acolhida. Trataram-me realmente com o status de miss. Foi muito gostoso, sem falar o carinho, a gente se divertiu muito! As pessoas super profissionais, foi realmente uma benção poder participar na quinta-feira do camarote Heaven como musa.
A cidade do Rio de Janeiro constante ganha atenção mundial não somente pelas suas belezas naturais, como também pelas nossas festividades. No seu caso, o que o carnaval carioca significa pra você?
O carnaval carioca é uma manifestação cultural muito específica. Acredito que todo o brasileiro tem essa ligação forte com o carnaval, porém, o carioca e o fluminense, ele tem uma ligação cultural de vida com ele. Foi muito emocionante, porque além de ser uma experiência cultural, ele também é uma experiência artística e inovadora. O carnaval do Rio está sempre há milhões de anos-luz como evento. Poder participar, ser musa e estar a frente de várias atividades foi tudo emocionante e muito esperado.
Comentando um pouco de sua carreira na televisão, o seu último papel na televisão se tornou marcado pela Britney na novela “A Dona do Pedaço” da Rede Globo. Sente saudades dessa personagem?
Claro que sim! Hoje já faz um tempo considerável, já tem uns três ou quatro anos a novela, então, a gente ainda tem aquele carinho gostoso, aquela lembrança boa guardada com bastante carinho no coração. Saudades da Britney, Abel, do Dodô, Maria da Paz, Sueli, e de todos os personagens que se envolviam ali. Sabrina, Zé Hélio, Rock … Eles eram ótimos. Hoje em dia dá bastante saudade.
Sobre o camarote da Heaven, a temática do projeto puxou para a introdução da música eletrônica. O que você achou dessa mistura de estilos?
Eu sou muito suspeita para isso! Sou cultura DJ total, eu amo eletrônico, sou dessa cultura mais “rave”, então, eletrônica para mim, eu estou em casa. ‘Pop’ misturado com samba, no carnaval, seja a onde for eu sou eletrônica (risos).
Por estar envolvida em um projeto de mistura cultural e ao mesmo tempo trabalhar com a atuação, que é algo que promove ainda mais o nosso conhecimento a respeito das histórias e estilos do nosso país. Como é a sensação de ajudar a popularizar o que o Brasil tem de melhor nesses quesitos?
Eu sou uma grande entusiasta desse movimento nacional de valorização da atuação. Sou a favor em que as atrizes e os atores brasileiros tenham realmente mais espaço no audiovisual e no teatro. Desejo que eles cresçam, se incorporem, e sejam mais participativos na própria formação cultural do Brasil. A atuação é uma linguagem super importante e riquíssima culturalmente falando. Não tem como ser atriz e não ser militante!
Essa não foi a primeira vez que esteve como destaque no carnaval, sendo que em 2020, você se destacou na Escola de Samba da Grande Rio, sendo rainha da tradicional feijoada no Rio. Quais foram as principais diferenças que percebeu entre uma edição e outra?
A própria natureza do carnaval de 2020 ainda era naquela que a gente conhecia. Havia sido o último carnaval, então esse de 2022 foi bastante esperado pelo público. Foram todos os cuidados, todas as expectativas de que ficamos dois anos sem a Sapucaí. Esse ano eu fui musa, e naquela época, ainda era recém-saída da novela, então acabei desfilando na Grande Rio como Carmen Miranda na época, e também como rainha da feijoada do Rio Othon Palace. Foram esses dois títulos bem marcantes ali no carnaval de 2020 e acabaram abrindo o precedente para eu ser musa, ter esse espaço de tanto carinho com o público, além dos orientadores e das produções dos camarotes desse ano. Eu fui recebida com muito carinho em vários camarotes de parceiros e de amigos, e estou muito feliz de poder contar com seus projetos.
O que você acha que o carnaval tem a nos ensinar ainda hoje e qual sua principal contribuição para nós brasileiros?
A contribuição artística e cultural é imensurável! O quanto à população evolui culturalmente quando ela pode discutir arte, se usufruir dela, além de acessá-la através da música, da expressão cultural e do samba. O carnaval é riquíssimo em linguagens artísticas. Uma das mensagens mais lindas desse evento é talvez a coletividade, no final de contas, não tem a Sapucaí, não tem o R&B, não tem nada sem essa nação. As escolas por si só já são um ecossistema riquíssimo que se renova todo ano com temáticas e formas de expressão.
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