Giovanna Alves Patta é uma atriz, cantora e dubladora brasileira de apenas 15 anos. Conhecida por interpretar personagens do teatro musical brasileiro como Louisa Von Trapp em “A Noviça Rebelde” (2018), Susan Parks em “Billy Elliot Brasil”, Schonelle em “Escola do Rock, o Musical”.
Pelas dublagens do filme O Retorno de Mary Poppins, interpretando a Annabel Banks (Pixie Davies), e por emprestar a voz a personagem Nia Baxter (Navia Robinson) da série de televisão A Casa da Raven do canal Disney Channel (Brasil). A dubladora é conhecida por trabalhos como: Connie (Soul), Missy Moreno (Pequenos Grandes Heróis), dentre outros.
Atualmente deu voz à Duende, interpretada por Lia McHugh no filme Eternos. Duende é um Eterno conhecido por ser travesso e pregar peças em seus companheiros. Com a forma permanente de uma criança, ele inspirou grandes personagens como o shakespeariano Puck, de Sonho de Uma Noite de Verão e o próprio Peter Pan. Leia a entrevista completa:
Recentemente você dublou a Duende do filme Eternos. Como foi dar voz a essa incrível personagem que faz parte da MCU?
No começo ainda não tinha caído a ficha. Na verdade, sempre sonhei em emprestar a minha voz para uma personagem da MCU, mas eu achava que esse momento ainda estaria distante, até porque somente os dubladores mais experientes e de grande destaque estavam em projetos como este. “Ser” uma super-heroína poderia nunca acontecer em minha carreira de dubladora. Aí veio a Cloe Zhao e me ajudou, colocando no elenco a adolescente Lia McHugh. O teste para a personagem Sprite rolou (eu estava muito nervosa), mas receber o resultado que eu seria uma das próximas heroínas da Marvel, foi muito emocionante e inesquecível!
Na verdade, ETERNO para mim! A Duende foi um enorme presente e ao mesmo tempo, acredito que foi um acerto. A gente se deu muito bem (risos). Me identifiquei rapidamente com a personagem e todas as gravações se tornaram uma diversão. Foi fácil! O meu diretor de dublagem, Fábio Azevedo, conduziu incrivelmente esses momentos de grande responsabilidade com muita leveza e isso também fez total diferença. Até agora, tenho recebido muitos elogios e carinho dos fãs…muito feliz e realizada!
Você tem diversos outros trabalhos como Connie (Soul), Flynn (Julie and the Phantoms), Missy Moreno (Pequenos Grandes Heróis). Qual foi o melhor trabalho que você já fez até hoje?
Todos os trabalhos de voz artística são importantes para mim, pois cada um tem a sua característica e público. Por exemplo, fazer a Lizzie (Elizabeth) de Black Butler foi o meu trabalho mais importante até hoje de Anime, a Beatrix de Mobile Legends é a personagem mais importante de game. Acho também que tem os trabalhos mais populares e que chegam para públicos maiores, como é o caso dos longa metragens para o cinema. Sendo assim, posso considerar que a Duende de Eternos da Marvel é o mais importante na minha carreira em 5 anos na dublagem profissional.
Qual tipo de personagem você deseja dublar um dia? E qual é o tipo de personagem que seria mais difícil de dublar?
Acho que já dublei tudo, ou quase tudo (incluindo a vertente de voz original). Me identifico com personagens cômicos, autênticos, animados, dramáticos, vilões. Será que um dia viro princesa (risos)? Se rolar, acho que é o que falta! Personagens mais difíceis de dublar: todos os que faço pela primeira vez. Não temos acesso ao texto antes da escala de dublagem. É diferente do teatro ou audiovisual que você estuda anteriormente para atuar. Simples assim, você tem um tempo muito curto para absorver o personagem e mandar ver!
Além de dubladora, você também é atriz e cantora. Uma área tende a ajudar a outra?
Sem dúvida! E isso é difícil de mensurar, porque para ser dublador, você precisa ser ator e saber atuar (neste caso através da voz). Saber cantar ou ter conhecimento das técnicas de canto te ajudam no controle vocal e no fôlego (vai fazer 3 horas de anime direto que você irá entender o que eu estou querendo dizer!), além de ter diversas oportunidades de colocar em prática o canto em diversos projetos na dublagem. As habilidades se misturam e te faz ser um dublador mais completo e versátil.
Quais são seus planos para 2022?
O ano de 2021 foi meu melhor ano na dublagem, estive em projetos incríveis no sentido de aprendizado e também em responsabilidade. Estou com a minha voz hoje em 4 longa metragens no cinema: Ron Bugado; Fátima, a História de um Milagre; Eternos e Clifford, o Gigante Cão Vermelho. Em 2022, quero novos desafios na dublagem, participar de eventos relacionados na área (como convidada e inscrita) e pretendo me dedicar um tempo maior para as redes sociais, pois meus fãs sempre estão me cobrando vídeos, dicas, etc.
Para o público que não a conhece, descreva quem é Gigi Patta?
Cheguei à conclusão que é muito difícil falar da gente. Mas sou bem tranquila, adoro estar com os amigos, gosto de dar muitas risadas, gosto de ler, porém sou muito focada naquilo em que desejo crescer e que faz bem para a minha vida.
Qual mensagem você gostaria de deixar para o público?
Sou muito grata pelo carinho de vocês. Sempre recebo muitos elogios sobre o meu trabalho e pela pessoa e profissional que me tornei. E isso me impulsiona a cada dia que entro em um estúdio de dublagem (ou meu home studio) e dou “vida” a um personagem. Para aqueles que sonham em ser dublador, não desista do seu sonho e saiba que é uma profissão de grande responsabilidade, afinal, você vai estar todos os dias na casa de alguém! A sua voz ficará eternizada em filmes, séries, animações, games…e lembre-se: dublador é um ator de voz, cursos de interpretação são essenciais, além de um bom curso de dublagem para conhecer a rotina desta área. Para quem tem mais de 18 anos é necessário tirar a DRT.
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