O cantor e compositor Assini lançou nas plataformas de streaming seu novo single autoral, “Dancing Alone”, considerado por ele como uma balada pop experimental. Traduzindo para o português, o título “Dançando sozinho” já diz muito sobre o conceito, mensagem e ideia desta música, cuja composição aconteceu em 2020 e expressa, nitidamente, a tristeza e a insegurança, sentimentos intensificados pelo atual momento.
Produzida por Davi Carturani, “Dancing Alone” conta com violão, cordas, guitarra e coral, mas mantém, essencialmente, o piano como o instrumento base, característica marcante na carreira de Assini, o que pode ser percebido, também, em “I Would Die For You”, lançado por ele em 2018 no EP “Tragic But Magic”, música que se tornou carro chefe de sua discografia. Confira a entrevista:
Lançado recentemente, como tem sido a recepção do público com a canção “Dancing Alone”?
Eu não esperava que as pessoas fossem abraçar essa música da forma que fizeram. Sabe, conseguir um top 4 numa parada a nível nacional, sem gravadora, sem dinheiro e com uma música nada comercial, foi incrível. Foi uma surpresa muito boa.
O que você deseja transmitir com essa música?
A mensagem dela é clara. É sobre estar sozinho. Sobre perder alguém que você ama e não poder dançar com ela. E quando eu digo em perder, é perder mesmo. A morte e suas sequelas.
Quais têm sido as maiores dificuldades para criar arte em meio a pandemia? E quais têm sido as maiores facilidades que a internet tem proporcionado?
Tem sido difícil criar inspiração e motivação para continuar. Eu não acho que a pandemia tenha lados positivos, estou sendo bastante sincero. A pandemia acabou com tudo. A internet tem suas vantagens, mas não poder sentir o calor do público é muito triste.
Dançar sozinho em um mundo onde as pessoas precisam constantemente estar mais unidas. Você acredita que sua música pode trazer um alento nesse momento difícil?
Sim, definitivamente. É sobre saber que você não é o único que está passando por isso.
De que forma a música “Dancing Alone” pode ser intitulada como balada pop experimental?
É um pop experimental, mas não deixa de ser música pop. Classifico ela como uma balada pop.
A música “Dancing Alone” fala sobre estar com sua casa vazia, espaço vago que usualmente era preenchido por alguém. Então é sábado à noite, você está dançando, mesmo que em círculos, corre pra ver o nascer do sol, mas logo volta pra casa, pois você está dançando sozinho. O fato de você revelar seus sentimentos íntimos na canção, pode ser uma clara referência ao distanciamento das pessoas e a falta reciprocidade nos dias atuais?
Ela é exclusivamente sobre a perda. Mas não de término. Se você termina com alguém a pessoa está por aí em algum lugar e futuramente você possa dançar com ela de novo. É sobre morte, ausência. É triste, mas era a mensagem que eu precisava passar nesse momento.
Assim que a pandemia passar você já sabe o que quer fazer, quais são seus projetos futuros durante esse caminho?
Eu tenho planos mas estou com os pés no chão. Eu não sei quando isso tudo vai passar e prefiro focar no agora. Estar com quem amo e fazendo o que amo na medida do possível, agora.
O piano é um instrumento marcante na sua carreira, no entanto, “Dancing Alone” teve guitarra, violão e até um coral nessa produção, você se inspirou em outros artistas para montar o arranjo musical ou esse isolamento social fez você inovar em uma produção de boa qualidade como essa, já que não é permitido a realização de show e se tem apenas a divulgação digital?
As pessoas sempre gostaram das minhas baladas no piano, mesmo enquanto eu estava focando no eletro pop. Então eu decidi fazer um projeto voltado totalmente pra isso. Todas as músicas do próximo EP estão nessa vibe.
Depois desse lançamento você pensa em trabalhar com outros gêneros músicas Pop Indie ou um álbum apenas acústico com o piano como base no arranjo musical?
Eu penso algo novo o tempo todo. Minha mente não para. Eu penso em escrever em português também. Vamos ver quais serão os próximos capítulos. No momento estou focado na divulgação da música e do EP.
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