“Mulheres: de silenciadas a empoderadas”, abre um espaço de reflexão e celebração do protagonismo feminino. A exposição estará aberta ao público partir de 11 de novembro
Na antiguidade, não se dava a palavra à mulher, mas, nem por isso, ela se calava, tecendo e fazendo o material silencioso falar. Nas obras homéricas, o ato de “tecer” significa astúcia, e foi desta forma que
a artista Yara Tupynambá, considerada a primeira dama da arte mineira, rompeu as fronteiras do preconceito e da própria Cultura, edificando o feminino nas tradições e contemporaneidade.
Yara retratou nosso folclore exaltando a santidade do feminino nos ofícios que edificaram nossas cidades, ao mesmo tempo em que retratou a mulher moderna, por trás de todas suas conquistas, fazendo jus a todos seus prêmios e condecorações, honrando seus mestres Alberto da Veiga Guignard e Oswald Goeldi. A mulher que tece e alimenta é também essa mulher forte e criativa, que se moldou de forma magnífica para se tornar uma mulher empoderada.
A exposição é uma imersão profunda no poder da arte e da mulher. Ela dá enfoque à feminilidade e a astúcia com a qual a artista “teceu” o seu legado e seu olhar sobre o mundo. Nas palavras da nossa mestra: “O artista só trabalha com aquilo que toca o coração” Yara Tupynambá.
Esta exposição é uma realização do Instituto e Memorial Yara Tupynambá, pela mesma idealizado, em prol da valorização da arte, cultura, ofícios e costumes do nosso povo. Para o presidente do Instituto, Geraldo Porfirio, é uma honra estar por dentro de mais um projeto. “Fico feliz em ver o alcance de todo o árduo trabalho de Yara em valorizar a obra de arte e enaltecer as mulheres. A sua arte deve ser contemplada”, salienta.
Segundo o vice-presidente do Instituto, David Faria, é uma honra ser apontado por Geraldo, para fazer a curadoria desta grandiosa exposição. “Sinto-me indelevelmente honrado. Primeiramente em representar uma artista que há tanto tempo admiro e nutro carinho, a qual não bastou ser minha professora, mas também minha aluna, e de forma especial sua amizade”, comenta. Além disso, David agradece a receptividade da organização do Centro Cultural. “A receptividade da curadora do Centro Cultural do TRT – MG, desembargadora Emília Facchini e da chefe da unidade, Sheila Chaves, que compartilharam de minhas idéias fazendo nascer há quase uma ano uma amizade pura e um projeto conjunto que agora se concretiza”, afirma.
Serviço:
Exposição: Mulheres: de silenciadas a empoderadas
Inauguração: 10 de dezembro
Período expositivo: 11 a 19 de dezembro de 2024 e de 07 de janeiro a 02 de abril de 2025
Local: Centro Cultural do TRT-MG (Rua da Bahia, 112, Centro – Belo Horizonte)
Descubra mais sobre Andrezza Barros
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.