O Dia Mundial de Combate ao Câncer está chegando, sendo marcado no próximo dia 8 de abril para a conscientização da população sobre os cuidados e prevenção ao câncer. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que no Brasil, para cada triênio, de 2020 a 2022, o número de novos casos de cânceres de pele não melanoma esperados é de 83.770 em homens e 93.170 em mulheres. Tais dados correspondem a um risco estimado de 80,12 casos novos a cada 100 mil homens e 86,66 casos novos a cada 100 mil mulheres.
Segundo o INCA o câncer de pele não melanoma em homens é mais incidente nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, com um risco estimado de 123,67/100 mil, 89,68/100 mil e 85,55/100 mil, respectivamente. Já para as mulheres, um sinal de alerta, o câncer de pele não melanoma é mais incidente em todas as regiões do Brasil, com um risco estimado de 125,13/100 mil (Centro-Oeste), 100,85/100 mil (Sudeste), 98,49/100 mil (Sul), 63,02/100 mil (Nordeste) e 39,29/100 mil (Norte).
Para o dermatologista goiano Rogério Ranulfo, a maioria dos casos de cânceres de pele acontecem em decorrência do excesso de exposição aos raios ultravioleta e para um estado como Goiás, com sol predominante em boa parte do ano, os cuidados precisam ser diários.
“Ressecamento e irritação na pele, queimaduras de sol devido a intensa exposição solar sem proteção, micoses, acne e também manchas na pele, o indesejado melasma são reações muito comuns”, ressalta o dermatologista.
De acordo com Rogério, o uso do protetor solar com FPS superior a 30 e a reaplicação do produto a cada duas horas é a principal medida de segurança. Além disso, ele recomenda ainda o uso chapéu, viseira e roupas com proteção solar para evitar o excesso de exposição, especialmente para atletas ou pessoas que trabalham expostas ao sol.
O dermatologista ressalta que os mais comuns tipos de cânceres de pele são os carcinomas (carcinoma basocelular e carcinoma epidermóide) com incidência mais alta, porém de menor gravidade, e os melanomas que, apesar de menos frequentes, são mais graves por causa do risco de metástases aumentado.
Pessoas com história familiar da doença, de pele e olhos claros, cabelos loiros ou ruivos, albinas, as que se expõem ao sol e a agentes químicos excessivamente e têm muitas pintas constituem a população de maior risco para desenvolver a doença.
“A lesão maligna de pele geralmente é rósea, avermelhada ou escura, e apresenta crescimento lento, mas progressivo. Também pode ter o aspecto de ferida que não cicatriza ou de pintas que crescem devagar, mas que coçam, sangram ou apresentam alterações de cor, consistência e tamanho (geralmente maior que 6 mm)”, informa.
Ele ressalta ainda que além dessas, outras características importantes dessas lesões são a assimetria e as bordas irregulares, por isso recomenda que a pessoa deve procurar um médico sempre que notar uma lesão nova ou quando uma lesão antiga sofrer algum tipo de modificação.
Rogério Ranulfo é mestre em dermatologia pela Universidade de São Paulo, tendo sido presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) – Regional Goiás por duas gestões. Atuou como coordenador estadual da campanha de prevenção de pele por 10 anos, cuja tese de mestrado foi uma análise da eficácia das campanhas de prevenção de câncer feitas em Goiás durante o período em que esteve à frente da coordenação.
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